CPI das Pirâmides insistirá em condução coercitiva de sócios da 123milhas
Empresários que ignoraram convocações e faltaram a depoimentos marcados para comissão que investiga suspensão de pacotes
A CPI das Pirâmides Financeira voltará a pedir que a Justiça determine a condução coercitiva de sócios da 123milhas para que prestem depoimentos ao colegiado, mesmo contrariando suas vontades. A medida foi anunciada ontem (3), pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
A medida contra empresários que ignoraram convocações e faltaram a depoimentos marcados para a reunião da CPI dessa terça-feira (4). E tem como alvos os sócios José Augusto Madureira, Rogério Júlio Soares Madureira, Larissa Rodrigues Garcia Goulart Ferreira e Antônia Cristiana Soares Madureira.
Se atendido o pedido, será a segunda vez que sócios da empresa que anunciou plano de demissões em massa serão forçados a atender ao chamamento da CPI, desde o dia 6 de setembro.
A 123milhas é alvo da CPI das Pirâmides por ter anunciado, em 18 de agosto, a suspensão de pacotes comprados pela linha “Promo”, com embarques programados entre setembro e dezembro. Ela entrou em recuperação judicial em 31 de agosto deste ano, incluindo quatro empresas, somando dívidas de mais de R$ 2,5 bilhões com a Lance Hotéis Ltda, Art Viagens e Turismo (HotMilhas), Novum Investimentos e MM Turismo & Viagens (Maxmilhas).
Próximos passos
A CPI ainda aprovou requerimentos do presidente Aureo Ribeiro e do relator Ricardo Silva (PSD-SP), com respectivas propostas de quebras de sigilo bancário, novas convocações e pedidos de informações.
Renan de Rocha Gomes Bastos e Camila Belliard serão convocados a depor como testemunhas sobre a FX Winning, investigada por captar recursos de clientes para investimentos em criptomoedas. A FX não permite saques de clientes desde fevereiro.
As quebras de sigilo bancário atingem as seguintes empresas: Bifinity Brasil Intermediação LTDA; Tauranga Participações LTDA, e Fitbank Instituição de Pagamentos Eletrônicos S.A.
O colegiado também vai solicitar ao Banco Central informações sobre o modelo de supervisão e fiscalização de mecanismos de prevenção a crimes, como lavagem de dinheiro, adotado por empresas do sistema financeiro. (Com informações da Agência Câmara de Notícias)