Conselho de Ética vota parecer contra Brazão e debate caso Glauber
Chiquinho Brazão está preso e acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes, em 2018
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta quarta-feira (28), às 9 horas, no plenário 14, para analisar o parecer da relatora deputada Jack Rocha (PT-ES), em desfavor deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O parlamentar fluminense está preso e é acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
Na mesma reunião, está em pauta a discussão do parecer do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), em processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). O parlamentar de esquerda é acusado de quebra do decoro por ter agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), na Câmara dos Deputados.
Defesas
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Chiquinho Brazão de ser um dos mandantes do duplo assassinato, quando era vereador. Mas o deputado preso em março nega as acusações.
Alvo da Representação 4/24, Brazão afirmou ao Conselho de Ética, em julho, que estaria sendo vítima de uma conspiração, contra ele e seu irmão conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, também preso.
“Não estamos envolvidos em nada. Somos vítimas de acusação de um réu confesso para obter benefícios, não sabemos nem por quê, ele está provavelmente protegendo alguém”, disse Chiquinho Brazão.
Glauber Braga é acusado pelo Novo por ter agredido fisicamente um militante do MBL, mas se defende afirmando que houve justa reação a uma ameaça.
“Não me orgulho daquilo que fiz, mas não me arrependo. A minha ação é da proporcionalidade. De acordo com o que determina a legislação brasileira, eu vou reagir à injusta agressão”, argumenta Glauber.