Presente das Arábias

Aziz vai investigar no Senado se venda de refinaria teria relação com joias

Senador diz que abrirá investigação na Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização

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Mubadala Capital pagou U$ 1,65 bilhão pela Refinaria Landulpho Alves, da Petrobras, na Bahia. Foto: Divulgação

Um dia após ter sido eleito presidente da Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), o senador Omar Aziz (PSD-AM) anunciou nesta quinta-feira (9) que abrirá no órgão colegiado do Senado uma investigação para saber se há relação entre as joias de R$ 16 milhões enviadas em 2021 pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a venda refinaria da Petrobras Landulpho Alves, na Bahia, por U$ 1,65 bilhão, ao fundo árabe Mubadala Capital, no mesmo ano.

O senador que já presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia antecipou que o primeiro ato de sua Presidência na CTFC será pedir documentos da Petrobras sobre a avaliação de preço do ativo brasileiro da refinaria, que classifica como “abaixo do valor de mercado” para os estrangeiros a empresa dos Emirados Árabes, parceiro estratégico da Arábia Saudita, na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

“Qualquer violação ao interesse da União, relação com a tentativa de descaminho de joias, ou qualquer ato que tenha gerado vantagens a autoridades nessa venda, será levado à Justiça para punição dos envolvidos”, afirmou o senador Aziz, no Twitter.

A Refinaria Landulpho Alves foi a primeira refinaria do Sistema Petrobrás e segunda do país em capacidade de processamento.

 

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