Negou plano de golpe

Augusto Heleno não vai responder à CPMI sobre delação de Mauro Cid

General foi convocado após suposta delação de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro citar 'trama de golpe' com Forças Armadas

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General Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional GSI) da presidência da República. Foto: TV Brasil

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), general Augusto Heleno, vai frustrar as expectativas de integrantes da CPMI do 8 de Janeiro sobre o que ele pensa a respeito da suposta reunião em que o ex-presidente da República teria pedido apoio das Forças Armadas a um presumido golpe contra a eleição de Lula (PT). Nesta segunda-feira (25), o general convocado a depor amanhã (26) disse que não falará sobre a suposta trama citada como ponto central da delação atribuída ao ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid.

“A delação do tenente-coronel Mauro Cid é sigilosa, ou seja, não é viável que seja de conhecimento de parte da imprensa. Como comentar sobre ela?”, disse Heleno, segundo a jornalista Basília Rodrigues.

Na semana passada, Heleno já havia negado participação em qualquer encontro para tramar um golpe de Estado no Brasil.

“Nunca participei de reuniões para tratar do assunto golpe. O presidente decidiu não realizar ações fora das quatro linhas da Constituição. Nunca houve clima para atividades ilegais”, disse o ex-ministro de Jair Bolsonaro ao portal Uol.

Próximos atos

Antes do depoimento de Augusto Heleno, a CPMI do 8 de Janeiro deverá votar requerimentos de convocação e de informações. E o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA) já descarta incluir a quebra de sigilo bancário de Jair Bolsonaro.

Maia quer votar o depoimento do diretor da Força Nacional de Segurança Pública, José Gaia, atendendo a pedido de parlamentares de oposição. E deve agendar depoimentos de financiadores dos ataques aos Três Poderes da República, além do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro.

A pressão governista é pela convocação do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, citado na suposta delação de Cid como o único da cúpula das Forças Armadas a apoiar o suposto golpe e oferecer suas tropas à disposição de Bolsonaro.

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