Ao contrário de Lula, Bolsonaro dialogou direto com Congresso, diz líder
Líder do governo, Eduardo Gomes alerta para abismo criado sobre pautas importantes como a da PEC da Transição
Em conversa com o Diário do Poder, o líder do governo no Congresso Nacional, Eduardo Gomes (PL-TO), elogiou o perfil de diálogo sem intermediários entre o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ministério e líderes do Legislativo sobre a pautas de interesse estratégico para o Brasil, nos últimos quatro anos.
A observação do senador Eduardo Gomes evidencia o abismo criado neste início de relação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com parlamentares que votarão a proposta de emenda constitucional, batizada de PEC da Transição. A medida a busca garantir bilhões em recursos necessários para pagamento do Auxílio Brasil/Bolsa Família de R$ 600 reais e de ganho real para o salário mínimo, promessas comuns de Lula e do atual presidente Bolsonaro. Mas ainda não houve uma reunião geral de lideranças para debater o que realmente será votado pelo Congresso.
“Em todas as ocasiões desses quatro anos que eu acompanhei sobre medidas importantes como a independência do Banco Central, PEC da Previdência, para todas as PECs que foram aprovadas, reformas, leis de saneamento, Lei do Gás, em todas as circunstâncias foram ao Congresso Nacional o próprio Presidente da República ou o ministro da Economia Paulo Guedes, para falar com todos os líderes juntos”, destacou Eduardo Gomes.
Para o líder do governo de Jair Bolsonaro, o problema da PEC da Transição é que ela está “quicando” e não houve numa reunião geral para discuti-la.
“[A PEC da Transição] já fez o efeito contrário que tem que fazer, sem deixar claro o que vai ser de benefício que uma medida dessa pode ter. Esse registro é para fazer justiça ao trabalho que o Bolsonaro fez nessa área especificamente todas as vezes que se reportou o Congresso Nacional, desde o Rodrigo Maia e o Davi Alcolumbre, nas presidências da Casa. Sempre havia um ministro conversando com todos os líderes de todos os partidos”, concluiu o líder do governo de Bolsonaro no Congresso.