Salário em dia

Com dinheiro em caixa, GDF vai pagar servidores na sexta

Os benefícios atrasados, no entanto, serão pagos até abril

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, anunciou nesta quarta-feira (4/3) o pagamento integral dos salários dos servidores na próxima sexta-feira (6), quinto dia útil. Segundo ele, há dinheiro em caixa devido ao projeto de lei para remanejar cerca de R$ 170 milhões, aprovado na última sexta-feira (27) pela Câmara Legislativa do DF.

“Temos R$ 1,8 bilhão na folha líquida. No total, R$ 1,3 bi. Os R$ 23 milhões que sobrarão, serão utilizados para as demais despesas”, explicou Rollemberg. Todas as categorias serão pagas com esse dinheiro, exceto a segurança pública, que é paga pelo governo federal.

Apesar do pagamento integral neste mês, os benefícios atrasados da Saúde e Educação ainda ficarão pendentes. Segundo o governador, eles serão pagos, conforme combinado, até o final de abril, em parcelas.

A Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), aprovada pela CLDF em fevereiro, renderia ao GDF cerca de R$ 400 milhões. Devido à demora do processo, o GDF “desistiu” dessa opção. “Era instrumento para garantir os atrasados. Mas o processo é demorado, com resistência dos bancos e juros altos”, lamentou Rollemberg.

Em relação aos atrasos em relação aos fornecedores, o governador garantiu que serão pagos assim que possível. “Estamos conversando e eles estão compreendendo o esforço. Tão logo tenhamos condições, o faremos”, garantiu. Mesmo com os pagamentos deste mês garantidos, Rodrigo Rollemberg voltou a falar na crise financeira do DF, considerada “gravíssima”. Queremos escancarar a transparência para que toda a população saiba das dificuldades e que enfrentemos juntos.”

Mutirão

Na próxima semana será realizado o mutirão de execução fiscal. Mais de 120 servidores serão mobilizados para atender a população, que terá a oportunidade de quitar dívidas.

Repasses do governo federal

O governo do Distrito Federal (GDF) recebeu mais de R$ 92,5 milhões em repasses do governo federal incluindo Fundo de Participação dos Municípios, Imposto Territorial Rural, compensações financeiras por recursos minerais e hídricos, além de royalties de Itaipu.

A maior parte (R$ 64,3 milhões) veio do Imposto Sobre Serviços (ISS), por meio de convênio com o Tesouro Nacional, e dos recolhimentos feitos pelo Simples Nacional. Do total, R$ 86,7 milhões ficaram à disposição após deduções do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do PASEP. 

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