Saúde em risco

Casos de dengue, chikungunya e zika têm maior avanço em três anos, no Rio

Somente de chikungunya foram 38.082 casos, equivalente a um infectado a cada 13 minutos

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Os casos de pessoas que adoeceram em 2019 com dengue, zika e chikungunya no Rio de Janeiro é o maior desde 2016.

Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que também registrou aumentos de 216% no número de casos de dengue; de 76% nos casos de zika; de 254% nos casos de chikungunya, em comparação com 2018.

A base dos dados é a última atualização pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Rio, em 18 de dezembro.

O verão apresenta condições climáticas mais favoráveis para o surgimento de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Na estação, ocorrem os períodos mais quentes e chuvosos do ano.

Ações especiais para reduzir as ocorrências das doenças em 2020 não foram apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde. A informação é de que o vetor é combatido ao longo de todo o ano.

“Em todas as unidades de atenção primária e seus territórios existem ações educativas para orientar a população sobre as medidas que todos podem fazer para auxiliar na prevenção das arboviroses”, explicou a Secretaria Municipal de Saúde.

Chikungunya

A alta de casos de chikungunya no Rio é a mais preocupante neste ano. Foram registrados 38.082 casos da doença. O que equivale a uma pessoa infectada a cada 13 minutos. No ano anterior, a cidade teve 10.746 registros da doença.

A chikungunya também é a doença mais letal e entre as três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. E já matou 48 pessoas somente em 2019, uma alta de 380% na comparação com o ano passado – foram 10 mortes em 2018.

Em 2017, foram 1.820 casos e duas mortes. O que tinha representado uma evolução no controle epidemiológico, diante dos 14.203 casos registrados em 2016, com 20 mortes.

Dengue

Segundo os dados da SMS, o Rio registrou 17.637 pessoas infectadas com o vírus da dengue em 2019. Em todo o ano de 2018, a cidade teve 5.577 casos. Em 2017, foram 3.684 registros.

O ano de 2016 foi o último período de grande preocupação com a dengue no município: foram contabilizados 25.843 casos.

Zika

O recorde histórico da cidade de casos de pessoas contaminadas pelo vírus da zika aconteceu no ano de 2016, quando 31.961 pessoas pegaram a doença.

O ano seguinte teve uma redução drástica, com 640 pessoas infectadas nos 12 meses de 2017. Desempenho que praticamente se repetiu em 2018, com 603 casos.

Em 2019, coltaram a crescer os casos de zika, em quantitativo bem distante do recorde de 2016. Mas houve um acréscimo de quase o dobro de pessoas que tiveram a doença em 2018. Até o dia 18 deste mês de dezembro, foram infectadas 1.064 pessoas na cidade.

População é fundamental

As autoridades destacam que a forma mais eficaz de prevenir doenças como a chikungunya é evitar o nascimento do Aedes aegypti. “80% dos focos são encontrados em residências. Por isso, a participação da população é fundamental, eliminando em suas casas objetos que possam servir de reservatórios de água, onde se formem os criadouros do mosquito”, orientou a pasta responsável pelos cuidados com a saúde do carioca.

Veja dicas para combater o mosquito:

  • tampe os tonéis e caixas d’água;
  • mantenha as calhas sempre limpas;
  • deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
  • mantenha lixeiras bem tampadas;
  • deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
  • limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
  • limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
  • retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
  • cubra e faça a manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem;
  • limpe ralos e canaletas externas;
  • atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água;
  • deixe lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
  • verifique instalações de salão de festas, banheiros e copa. (Com informações do G1)
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