Câmara investiga denuncias de superfaturamento em contratos do 156

A central de serviço de atendimento da cidade de São Paulo responsável pelo 156 será investigada pela Câmara Municipal. A suspeita é que houve superfaturamento nos contratos com a empresa devido a uma série de reajustes no valor do contrato com a Call Tecnologia e Serviços, responsável pela central de atendimentos.

Em três anos, os valores pagos pela prestação de serviços do 156 saltou de R$ 27,8 milhões, em 2010, na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM atualmente no PSD), para R$ 80,4 milhões em 2013, na gestão de Fernando Haddad (PT), um aumento de 189%.

Nos quatro primeiros meses deste ano a Prefeitura de São Paulo já torrou R$ 21,8 milhões com o serviço, a previsão é que, até dezembro, o valor chegue a R$ 60 milhões. A Call Tecnologia e Serviços pertence a José Celso Gontijo, que em 2009 foi flagrado entregando dinheiro ao operador do mensalão do DEM, Durval Barbosa.

Durante a vistoria realizada ontem (7) pela comissão de vereadores, presidida por Adilson Amadeu (PTB), dos 720 pontos de atendimento telefônico, 345 estavam inoperantes. Os vereadores foram informados que o contrato é por hora de funcionamento e que a prefeitura só paga pelos atendentes que estão trabalhando.

Até 2005, a empresa Atento fazia o serviço por menor valor, de acordo com os vereadores. Em 2006, a Call tecnologia assumiu o serviço cobrando o dobro. O vereador Adilson Amadeu pediu à prefeitura o contrato atual firmado com a Call Tecnologia para verificar se os valores praticados são os de mercado.