Lorota desfeita

Caiado mandou casal suspeito abandonar iate de Gusttavo

Governador achou "uma irresponsabilidade" o apressado decreto da juíza

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o cantor Gustavo Lima - Foto: redes sociais.

O casal investigado na operação que apura fraudes em casas de apostas foi solicitado a deixar o iate onde os convidados comemoravam o aniversário do cator Gusttavo Lima, na Grécia. O pedido a José André Neto, dono da casa de apostas Vai de Bet, e a sua mulher Aislla Rocha foi do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

Caiado criticou a decretação de prisão, chamando-a de “irresponsabilidade”, em que uma juíza apontou que a presença do casal na aeronave foi um dos fatores considerados no pedido de prisão do cantor.

– “Eu sou governador de Estado, jamais entraria num avião com foragidos. Essa mulher (juíza) precisa ter mais responsabilidade. É uma prisão sem fundamento, na base do achismo. Essa mulher tinha que responder ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça)”, declarou.

Além do governador de Goiás estava entre os convidados o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), outro amigo do anfitrião.

A hora do desembarque

O casal viajou com Caiado e o cantor Gusttavo Lima no mesmo avião para a Grécia, mas não retornaram ao Brasil na mesma aeronave do cantor sertanejo. Até porque deixaram a embarcação imediatamente, após solicitação de Caiado.

Caiado ficou sabendo do decreto de prisão contra Aislla e José André Neto pelo seu secretário de Segurança Pública. Caiado contou a jornalistas que após tomar conhecimento dos mandados de prisão, pediu ao casal que deixasse o iate:

– “Ao tomar conhecimento do fato, imediatamente chamei o Gusttavo Lima, que chamou José, e eu disse: ‘Tive a informação que decretaram a prisão preventiva de vocês. Você tem que descer do barco imediatamente e resolver sua vida no Brasil. Não pode ficar no barco'”, relatou o governador ao jornal O Globo. O arrumou as malas e desembarcou no mesmo dia, e a viagem seguiu sem eles. O retorno ao Brasil, em 7 de setembro, ocorreu sem os dois investigados, conforme declarou Caiado.

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