Ao contrário do noticiário do fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não dá bola” para a pressão que pode representar o início da vacinação em outros países.
“Ninguém me pressiona para nada, não dou bola para isso”, completou, em resposta à pergunta de um repórter sobre a pressão pelo início da vacinação.
“É razoabilidade, é responsabilidade com o povo”, afirmou o presidente na sequência, destacando que não se pode aplicar “qualquer coisa” na população. Ele se referia aos aspectos da vacinação que o preocupam na definição das vacinas, e não o início da imunização em outros países.
Apesar das declarações, gravadas em vídeo, prosperou a fake news segundo a qual Bolsonaro teria dito não dar bolas para o fato de os brasileiros serem vacinados após outros países.
Em seguida, após conferir o veículo que mantinha o microfone à sua frente, ele parou e afirmou: “De tudo o que vi por aí, em vacinas que poderão ser (estar) disponíveis, tem uma cláusula que diz o seguinte: eles não se responsabilizam por qualquer efeito colateral.”
O jornal Folha de S. Paulo, por exemplo, mancheteou sua interpretação do fato: “‘Não dou bola para isso’, diz Bolsonaro, sobre o Brasil estar atrás na vacinação contra covid 19”.
O Valor Econômico ficou ainda mais distante dos fatos, ao manchetear: “Bolsonaro diz que ‘não dá bola’ para risco de Brasil ficar para trás em vacinação”.
A manipulação das declarações do presidente da República não mereceram qualquer referência das chamadas “agências verificadoras de notícias falsas”, quase todas vinculadas à chamada “grande imprensa” e sempre dedicadas a desconstruir informações que favoreçam o governo federal.
