Bloqueio de caminhoneiros na rodovia Presidente Dutra causou congestionamentos nesta manhã
Veículos de carga que passavam pelo trecho eram obrigados a retornar sentido São Paulo
Um bloqueio de caminhoneiros interditou parte da rodovia Presidente Dutra, na altura do município de Barra Mansa (RJ), na manhã desta segunda (10). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro, o bloqueio gerou congestionamento de cerca de dois quilômetros em ambos os sentidos da rodovia.
A manifestação começou por volta das 5h25 no km 247 da via. Veículos de carga que passavam pelo local eram obrigados a retornar sentido São Paulo. Foram registrados ainda aglomeração na pista e retenção de veículos.
De acordo com a CCR Nova Dutra, concessionária que faz a gestão da rodovia, as faixas sentido Rio de Janeiro foram liberadas pelo tráfego, mas ainda havia lentidão. Ainda segundo a concessionária, também houve paralisação no pátio do posto de serviços, no km 290, mas sem interdição de faixas.
No km 233, sentido Rio, havia manifestantes parados no acostamento, e o trânsito estava livre. Já no km 92, havia manifestantes parados nos dois sentidos da pista, mas no acostamento e em postos de serviços, sem prejuízo ao trânsito.
Outra manifestação acontece na rotatória que dá acesso ao Porto de Santos. No entanto, de acordo com a assessoria de imprensa do porto, o protesto se encerrou às 7h20 e não afetou o fluxo de cargas.
Os protestos foram motivados pela liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux que impede que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) multe transportadoras que não seguem os fretes rodoviários mínimos.
O tabelamento de fretes foi uma das medidas adotadas pelo governo para dar um fim a greve dos caminhoneiros deflagrada em maio deste ano, que prejudicou o abastecimento de combustível e de alimento em todo o país. O setor empresarial considera a tabela inconstitucional.
Em uma reunião neste domingo (9), os principais representantes de caminhoneiros decidiram não aderir a uma eventual nova paralisação da categoria. Houve consenso de que este não é o melhor momento para uma nova greve.
A promessa da Advocacia-Geral da União de entrar com um recurso contra a liminar de Fux e a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro também motivaram a decisão dos representantes da categoria. (Com informações da FolhaPress)