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Após eleger rival dos Calheiros, PPS entra na base de Renan Filho

Régis comandará pasta, após gestão tucana negar-lhe espaço

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Um ano após decidir fortalecer o grupo que hoje rivaliza com o projeto de reeleição da família Calheiros, o presidente estadual do PPS e ex-deputado federal Régis Cavalcante atendeu ao chamado do governador Renan Filho (PMDB), que conquistou mais um partido para sua base aliada.

A ida do PPS para reforçar o projeto de reeleição do governador e de seu pai e senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2018, custou o comando da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). Régis Cavalcante será titular da pasta cujo titular, Pablo Viana, sempre apareceu na lista de pendurados nas reformas administrativas realizadas por Renan Filho desde 2015; tendo colocado o cargo à disposição desde o primeiro semestre de 2016. 

Regis substitui secretário demissionário desde 2016 (Fotos: Divulgação)A nomeação de Régis Cavalcante no comando da Secti deverá ser publicada na próxima semana, no Diário Oficial do Estado. E seu nome já é especulado para uma eventual  tentativa de retorno à Câmara dos Deputados, e fala-se até sobre candidatura a senador, apesar de seu péssimo resultado nas urnas, em 2016, quando obteve a 46ª votação na disputa por 21 vagas da Câmara de Maceió, com 2.169 votos.

O governador Renan Filho ainda avalia em que função no governo poderá aproveitar Pablo Viana, a partir da chegada de Régis Cavalcante. E há também a possibilidade de mais mudanças nas secretarias, caso outros partidos passem a integrar a base aliada do governo do PMDB de Renan Filho.  

MUDOU DE LADO

Regis apoiou Rui, após aval de Roberto Freire (Foto: Sandro Egues)O líder estadual do PPS apoiou o prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB), em 2016, contra o candidato dos Calheiros e deputado federal Cícero Almeida (PMDB-AL). Mas não obteve espaço que desejava na gestão tucana e, logo saiu da base, com elegância e franqueza. Adotando somente recentemente uma postura mais crítica em relação aos problemas da administração de Rui Palmeira.

O PMDB dos Calheiros ainda tenta retomar aliança com o PT do deputado federal Paulão e com o PDT do ex-governador Ronaldo Lessa.

Os petistas que repudiaram o PMDB e chamaram Renan de “golpista” quando o senador e o partido apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff estão dispostos a esquecer a postura de combate ao alegado “golpe”, para se unir aos ex-amigos do presidente Michel Temer. Já o PDT segue na base do rival dos Renans, o prefeito de Maceió Rui Palmeira.

Junto com o PPS, a base aliada do governo de Renan Filho hoje é formada pelos partidos PSD, PCdoB, PTB, PHS e PTdoB.

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