Covid-19

Anvisa diz que não foi procurada pela Saúde e não deu respaldo a reforço de vacinação

No entanto, falta do respaldo da agência não significa que o reforço não poderá ser aplicado

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Há 131 casos confirmados de varíola dos macacos, registrados fora do continente africano e 106 outros casos suspeitos Foto: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não foi consultada pelo Ministério da Saúde sobre a aplicação da dose de reforço de vacina contra Covid-19 para os brasileiros com mais de 18 anos. A decisão foi anunciada ontem, 16, pelo governo. Isso não quer dizer, entretanto, que o reforço não poderá ser aplicado.

A Anvisa aponta que a decisão vai contra as decisões tomadas em outros países, como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Israel, além de membros da comunidade europeia. Esses locais submeteram a questão a uma avaliação prévia das autoridades sanitárias reguladoras, diz o órgão.

Diante do impasse institucional, os laboratórios se movimentam sobre o assunto. A Janssen, farmacêutica da Johnson e Johnson informou, em nota, que um reforço de sua vacina quando dado 2 meses após a dose única faz com que os níveis de anticorpos aumentem de quatro a seis vezes. Outra análise demonstra que quando o reforço foi dado após seis meses da dose única os níveis de anticorpos aumentaram nove vezes após uma semana e continuaram a subir em 12 vezes quatro semanas depois do reforço. A Janssen explicou ainda que submeterá os dados para avaliação da Anvisa nas próximas semanas.

Em São Paulo, já ficou definido pela prefeitura da cidade que, a partir desta quinta-feira, 18, os adultos acima de 18 anos que tomaram a segunda dose até o dia 27 de abril já podem procurar o posto de saúde para tomar a dose de reforço. E também a partir da sexta-feira, 19, quem tomou a segunda dose até o dia 17 de junho pode fazer o mesmo movimento.

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