Companheirismo

Ministro diz que MP favorecendo irmãos Batista é ‘coincidência’

A medida foi publicada dias depois da Eletrobras anunciar a venda de 13 usinas termelétricas para o grupo Âmbar, dos irmãos Batista

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Irmãos Wesley e Joesley Batista. Fotos: Agência Senado
Agora com a anulação da decisão a multa voltou a ser estipulada em R$ 10,3 bilhões (Fotos: Agência Senado).

O ministro de Minas e Energia do governo Lula (PT), Alexandre Silveira, afirmou que foi “mera coincidência” o fato do governo ter editado a Medida Provisória (MP) que beneficia a Âmbar, empresa do setor de energia do grupo J&F, dos irmãos Batista.

No dia 10 de junho, a Eletrobras anunciou a venda de 13 usinas termelétricas para o grupo dos irmãos Batista, por R$ 4,7 bilhões.

Três dias depois, o governo Lula editou uma medida provisória que beneficia a empresa dos Batista, enrolados em diversos escândalos na Lava Jato, maior operação de combate à corrupção do país.

Sobre o caso, Silveira afirmou que o governo já tinha enviado a proposta à Casa Civil.

“O fato de a medida ter sido publicada dias depois, para provar com facilidade que é uma mera coincidência, por parte do Ministério de Minas e Energia o envio à Casa Civil já tinha acontecido há algum tempo.As medidas que apontam pela necessidade dessa mudança regulatória já são de meses, estávamos instruindo o processo para que isso se tornasse realidade”, declarou o ministro em audiência da comissão de Minas e Energia da Câmara.

A medida

A MP em questão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e intitulada como de “socorro ao caixa da Amazonas Energia”.

O texto transfere o pagamento gerado pelas usinas térmicas para contas gerenciadas pelo governo e financiadas pelas contas de luz de consumidores de todo o país por até 15 anos.

A medida também prorroga por 120 dias flexibilizações que permitem à concessionária amazonense registrar perdas e problemas econômicos sem sofrer punições.

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