Para apoiar Alckmin, PP exige apoio a Collor e veto a tucano no Senado, em Alagoas
PSDB Nacional já vetou apoio a Collor e Arthur Lira nega ter exigido veto a Rodrigo Cunha, no Senado
Em articulação atribuída pelos tucanos de Alagoas ao deputado federal Arthur Lira e ao senador Benedito de Lira, o Progressistas (PP) decidiu condicionar seu apoio à pré-candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao apoio do PSDB ao nome do senador Fernando Collor (PTC-AL) ao Governo de Alagoas e à renúncia do deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB-AL) à disputa por uma das duas vagas ao Senado.
O deputado Arthur Lira nega ter proposto apoio a Collor e ter feito pressão contra a candidatura de Rodrigo Cunha, que leva a disputa ao Senado ao pé de igualdade com o senador Benedito de Lira, candidato à reeleição no mesmo grupo do PP e do PSDB. Mas o líder do PP na Câmara dos Deputados ressalta que o PSDB Nacional sabe do compromisso que tinha com o PP Nacional de formar uma chapa competitiva em Alagoas, exigência para a aliança nacional com Geraldo Alckmin.
O PSDB Nacional já vetou aliança com Collor, em decisão que contou com o apoio do ex-governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho. E discute em Brasília as exigências do PP Nacional, que considera absurda como condicionante para a aliança.
Ao negar estar liderando as articulações junto ao PSDB nacional, Arthur Lira ressaltou que os marqueteiros de seu pai e do candidato a senador Rodrigo Cunha trabalham juntos para viabilizar a convenção do PSDB e do PP em Alagoas, marcada para domingo (5).
“Meu partido fez uma composição com o PSDB Nacional e tem as prioridades de estado. Então, a única coisa que pedimos ao PSDB Nacional foi para ele resolver a majoritária de Alagoas. Mas o resolver não é tirar nem botar. É resolver. É ter candidato. Não temos interesse de botar nem tirar ninguém. Temos interesse de ter uma chapa forte. Ponto”, disse Arthur Lira, ao Diário do Poder.
O presidente estadual do PSDB, o prefeito de Maceió Rui Palmeira, recebeu Collor em uma reunião, ontem (1º). E uma fonte tucana disse à reportagem que o problema deste debate é a forma impositiva como o tema está sendo tratado, no momento em que a aliança nacional e local parece consolidada. “Ontem, Rui ouviu a proposta de candidatura de Collor. E respondeu que ouviria a Executiva Nacional, que já vetou. Hoje, o PP condiciona o apoio ao Alckmin a renúncia do Rodrigo. Inaceitável!”, disse uma fonte do PSDB de Alagoas.
Outra fonte do PP, sugeriu que o PSDB de Alagoas poderia estar aproveitando a pressão nacional do PP, para atribuir a articulação ao Benedito de Lira e consolidar uma suposta aliança branca de Teotonio Vilela Filho para a reeleição do senador Renan Calheiros e do governador Renan Filho, ambos do MDB.