Campanha em Alagoas

Marina defende voto de convicção no 1º turno, ‘para acabar com esculhambação’

Candidata da Rede quer combater corrupção e produzir energia solar em locais de seca no Nordeste

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Marina Silva em entrevista a Rogério Costa na Rádio Gazeta AM, em Maceió. Foto: Patrícia Mendonça/Gazetaweb

A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) faz campanha no calçadão do Centro de Maceió (AL) na tarde desta segunda-feira (24). Em entrevistas concedidas pela manhã, a candidata defendeu que o eleitor utilize no primeiro turno o voto da convicção, do coração, para acabar com a esculhambação. E comentou a estimativa de prefeitos alagoanos de que 50 mil sertanejos deixaram sítios, povoados e as pequenas comunidades, em razão da seca.

Na agenda de campanha em Alagoas, Marina prometeu combater a corrupção no Brasil, manter o Bolsa Família e criar um programa de geração de dois milhões de empregos, o “Sol para Todos”, por meio da produção de energia solar em locais de seca, no Nordeste.

“Este [voto no 1º turno] é o voto da convicção, do coração, é o voto para acabar com a esculhambação. Acredito que vou para o segundo turno para unir a população brasileira”, disse Marina, em entrevista ao jornalista Ricardo Mota, na Rádio Pajuçara FM.

Marina comparou o Bolsa Família com os incentivos fiscais ao empresariado, ressaltando que quem passa fome é quem realmente precisa de uma ajuda no Brasil. “O bolsa empresário, que vai para meia dúzia, custou 5% do PIB, enquanto o Bolsa Família custou 0,5%, sendo que ele é direcionado para mais de 11 milhões de famílias. Os pobres precisam de uma ajuda para sobreviver”, declarou Marina, em entrevista ao jornalista Rogério Costa, na Rádio Gazeta AM.

Ao lado da candidata a deputada federal Heloísa Helena (Rede), Marina explicou que sua iniciativa de instalar fazendas de energia solar no semiárido nordestino deve auxiliar quem gostaria de ficar na própria terra, mas se vê obrigado a ir para grandes centros urbanos por falta de condições de sobrevivência.

“Quem tem uma pequena propriedade sem água em alguns períodos vamos alugar uma pequena parte para fazendas solares. Vamos mostrar que o Nordeste não é um problema, mas sim que a maioria dos políticos que nunca olharam para os nordestinos. Temos que dar alternativas para que as pessoas possam viver onde gostariam. Quando não são dadas, as pessoas não vão morrer no torrão da seca. São R$ 200 bilhões roubados do orçamento público. Fico imaginando você que está no meio da seca e alguém queira dizer que você tem que ficar estrebuchando no torrão quente. Até calango morre”, disse Marina a Rogério Costa, ao comentar o movimento dos retirantes da seca. (Com informações da Gazetaweb e TNH1)

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