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Conselho de Medicina vai investigar médico alagoano acusado de violentar pacientes

Sindicância deve ser instaurada, após prisão preventiva de Adriano Pedrosa

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Médico Adriano Pedrosa acusado de abusar mulheres em posto de saúde. Foto: Divulgação/Facebook

O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) informou que fará sindicância para apurar as denúncias que levaram à prisão, nesta sexta-feira (29), o médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa, réu em ação penal acusado de violentar mulheres em um posto de saúde de Passo de Camaragibe (AL), usando luvas, a pretexto de diagnosticar alguma doença nos órgãos genitais das pacientes, apesar de atuar como clínico-geral e não ser procurado para tratar de quaisquer problemas ginecológicos.

O presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, disse que aguarda informações das autoridades sobre as supostas vítimas do médico para instaurar a sindicância sobre os casos relatados por mulheres como ocorridos desde 2014 e denunciados pelo ao Ministério Público Estadual. Em entrevista à jornalista Regina Carvalho, do site Gazetaweb, o presidente do Cremal confirmou que, se houver indício de infração, a entidade abre processo contra o profissional, que será julgado, sujeito a uma eventual punição, que pode ir de uma advertência à cassação do registro profissional.

“Vamos instaurar sindicância, fazer a apuração e julgar o caso dele, mas preciso das informações do Ministério Público. Estamos encaminhando correspondência ao promotor para que ele informe quem são as vítimas, para que a gente convoque no conselho para que preste depoimento aqui”, declarou o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa.

O médico Adriano Antônio deu entrada no fim da tarde desta sexta-feira no presídio Baldomero Cavalcante, onde deve ficar recolhido, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com doutorado em estudos avançados de saúde pública pela Universidade de Barcelona, o médico já é réu em outra ação penal, por posse sexual mediante fraude. E as novas acusações serviram de base para a nova denúncia de crime de violação sexual mediante fraude, no novo processo com pedido de prisão proposto pelo promotor de justiça Ary de Medeiros Lages Filho. 

O Diário do Poder não conseguiu contato com a defesa do médico acusado.

Leia mais sobre as acusações contra o médico aqui.

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