Justiça

Acusado de estuprar e matar Emily é condenado a 32 anos

Robson Gonçalves matou e estuprou a adolescente de 14 anos

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Nesta quinta-feira (7/4), o Tribunal do Júri de Taguatinga condenou Robson Gonçalves de Souza Silva a 32 anos e 9 meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo estupro, assassinato e ocultação de cadáver da adolescente Emily Cristiny de Almeida da Silva, de 14 anos. O crime ocorreu em 14 de junho de 2015, no Parque do Cortado, em Taguatinga Norte e chocou a população do Distrito Federal.

Apesar de ter confessado o crime, durante o julgamento o réu negou o estupro e a ocultação de cadáver, disse que não se lembrava de nada. A defesa pediu a absolvição do réu por esses dois crimes. Entretanto, os jurados acolheram todas as teses do Ministério Público, inclusive de homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, cruel e meio que dificultou a defesa da vítima.

Robson Silva aguardou o julgamento preso e não poderá recorrer em liberdade. O Ministério Público analisará a sentença para decidir se vai recorrer visando ao aumento da pena. O plenário do júri estava lotado de estudantes de Direito, familiares e colegas da vítima. O conselho de sentença foi formado por quatro mulheres e três homens. Uma jurada, ao ser sorteada, foi dispensada pelo MP porque havia informado aos oficiais de Justiça que era amiga dos familiares da vítima.

De acordo com o promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende, o julgamento ocorreu em tempo relativamente rápido, menos de dez meses após o crime, mesmo tendo havido recurso da defesa. “No Tribunal do Júri, não há vencedores ou perdedores. Há um sentimento misto de satisfação pelo dever cumprido e pesar ao verificar que quando se chega ali, todo mundo já perdeu. O réu já perdeu, a família e a vítima também perderam e o Estado fracassou enquanto protetor de bens jurídicos de alta relevância. A condenação não serve para reparar a dor, mas renova a esperança de que ainda se pode acreditar nas pessoas que todos os dias lutam por justiça”, disse o promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende.

A investigação foi conduzida pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). O delegado Welington Barros gravou o depoimento do acusado em vídeo, que foi exibido no julgamento.

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