Acumula dívida milionária, área de saúde vive crise
Secretaria de Saúde acumula cerca R$ 118 milhões em dívidas
Durante entrevista à imprensa, a secretária de saúde Rosângela Wyszmirska, afirmou que a Secretaria do Estado da Saúde acumula uma dívidas que juntas somam cerca de R$118 milhões. De acordo com a secretária os débitos foram herdados da gestão do ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB).
A secretária afirmou que a Sesau vem buscando diálogo com os fornecedores, para tentar chegar a um acordo. segundo ela a dívida já pode estar ainda maior, já que todos os dias novos forncedores entram em contato para lembrar das dívidas. "Mas o processo requer tempo e paciência", completou Rosângela. Somente nesta semana, os empresários que dizem ter dinheiro a receber da secretaria fecharam três vezes a Avenida da Paz.
“Não cabe à Sesau fazer prejulgamento sobre se há irregularidades em processos de pagamento. Também não podemos apontar o que aconteceu. O que podemos afirmar é que nossa situação financeira é esta. Vamos pegar cada contrato e negociar um a um, buscando um desconto maior para, desta forma, mantermos nossas unidades abastecidas. Mas hoje o pagamento dos R$ 118 milhões é impossível”, explicou Wyszmirska.
A secretária assegurou que, a partir da próxima semana, os fornecedores serão chamados a tomar conhecimento da realidade financeira da pasta. Ela explicou também que a Sesau tem trabalhado para pagar parte das dívidas, já tendo solucionado, parcialmente, alguns dos débitos. "Apelo para o bom senso de todos, pois, o bem maior é a vida das pessoas. Vamos conversar com cada um. Entendemos a situação e não queremos que nenhuma empresa feche. Hoje, a secretaria não teria recursos para quitar tudo de uma só vez".
Na oportunidade, a secretária afirmou também que, assim que a nova gestão tomou posse, a Sesau encaminhou cerca de seis mil processos de pagamento à Controladoria Geral do Estado (CGE), a fim de que esta realizasse uma auditoria, mas, até agora, cinco meses após o início da atual gestão, apenas mil retornaram à pasta. Tais processos totalizam, ainda segundo a Sesau, cerca de R$ 31 milhões.