Após 16 anos

Júri condena assassino de líder do MST em Alagoas, e absolve dois denunciados

Denunciado como mandante foi absolvido, e executor do crime pegou pena de 18 anos

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O Tribunal do Júri da 9ª Vara Criminal de Maceió (AL) julgou ontem (30), três réus pelo assassinato de Luciano Alves da Silva, que liderava o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Girau do Ponciano (AL). O veredicto considerou João Olegário dos Santos culpado pelo crime ocorrido há 16 anos, cuja pena foi fixada em 18 anos de reclusão pelo juiz John Silas da Silva.

O Júri absolveu José Francisco da Silva, vulgo Zé Catu, acusado de ser mandante do crime, bem como seu irmão Francisco Silva, denunciado como um dos executores, ao lado de João Olegário.

Apesar da denuncia formulada pelo Ministério Público de Alagoas, durante a sessão, o próprio representante do MP no caso, promotor Wesley Fernandes, pediu a absolvição dos irmãos.

Testemunhas relataram no processo que Luciano Alves tinha pretensões de disputar o cargo de vereador de Girau do Ponciano, tendo como principal adversário Zé Catu. E um amigo de Luciano disse ter ouvido a vítima dizer, dias antes do crime, que morreria por conta de suas posições políticas.

O crime ocorreu em 7 de setembro de 2003, por volta das 22h, em uma estrada vicinal do Sítio São Gonçalo, zona rural de Craíbas. A vítima teria ido a um bar por insistência de Josinaldo José dos Santos, já falecido. Quando estava saindo do local, foi alvejado por tiros disparados por dois homens em uma moto. (Com informações da Dicom TJAL)

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