Zumbis
O triunfo eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva, eleito presidente da república para o quadriênio 23/26, causou em Brasília um fenômeno que pode ser descrito como: “A volta dos Zumbis” sim, pois neste mês de dezembro de 2022, saíram das sombras, para nos assombrar, figuras carimbadas do Partido dos Trabalhadores que há muito tempo não se dispunha a pôr o rosto de fora, seja por não ter mandato popular, ou mesmo por estarem enrolados nas hostes do Poder Judiciário, pelas danações cometidas quando o PT manteve-se no poder com dois mandatos de Lula e um e meio da ex-presidente Dilma Rousseff, legitimamente cassada pelo parlamento brasileiro.
De repente mortos-vivos, como Aloizio Mercadante; Celso Amorim; e até Guido Mantega, voltaram a aparecer na grande mídia, surfando na onda do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, alguns a exemplo de Aloizio Mercadante, já anunciado como futuro presidente do BNDES, para desespero do mercado, que com o perdão do trocadilho, não engole Mercadante. Aloisio mostrou força junto ao chefe, considerando que para ser nomeado para o BNDES a lei que regula as estatais teve que ser modificada. De certo que outros ex-integrantes do staff de Lula, como Zé Dirceu e Paulo Bernardo possam dar as caras por estes dias, pelo que se sabe João Paulo Cunha, abdicou do convite para juntar-se aos antigos companheiros de partido, preferindo manter-se na penumbra, sabe-se lá por quanto tempo. Outros tantos, a exemplo do médico sanitarista Antônio Palocci, estão descartados por razões óbvias.
Lula e seus aliados chegam ao planalto com fome de gafanhoto, estão havidos por gastar, a ordem e rasgar dinheiro, para tanto empenham todas as fichas na emenda fura teto, onde bilhões estarão à disposição para serem torrados ao bel prazer do governante e seus ministros, sem que possam ser penalizados com o limite de gastos. Num futuro não muito distante, iremos sentir na pele o resultado dessa gastança, quando a conta chegar para cada um de nós, eleitores de Lula ou não. Está claro, também, que mesmo furando o teto de gastos Lula não poderá cumprir 10 por cento das suas promessas de campanha, sejam a justa ou a estapafúrdia, como e de seu estilo,
A ressuscitação do finado Ministério do Trabalho lança luz sobre outra figurinha que estava no ostracismo, Luiz Marinho, que embora detentor de mandato, dele não se ouvia um pio. Aliás, considerando as promessas feitas por Lula de agraciar com um ministério, aqueles que aderiram a sua campanha, como é o caso, por exemplo, da senadora sul mato grossense Simone Tebet, Lula vai precisar mudar o layout de Brasília, para encontrar espaço físico para abrigar tantos ministérios. Fale-se o que quiser de Luiz Inácio, mas é inegável que ele é amigo dos amigos, e não vai deixar na mão alguém que roubou uma ninharia qualquer, mas duvido que Lula tente reeditar o mensalão ou o petrolão. Assim, rogo a Deus que nos livre das bondades de Luiz Inácio Lula da Silva, pois de seu rancor e maldade, ao ressuscitar o nós contra eles, nós mesmos tentamos nos livrar. Amém.