José Maurício de Barcellos

Vamos trabalhar, minha gente!

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“Quando a pátria está em perigo, já não há direitos; há apenas, deveres”, escreveu um dia Ernest Von Wildenbruch (1845/1909), poeta, dramaturgo e diplomata alemão.  Levando em conta os tempos de agora e o que acabou acontecendo com a Venezuela – antes com Cuba e no momento atual o que está ocorrendo com a Argentina – tem-se que, em virtude de se digladiarem no mundo duas forças descomunais: uma opressora, escravagista, da qual a miséria e a morte dos povos resultam inexoravelmente, e outra calcada na prosperidade, na liberdade, na justiça e na livre oportunidade, então todo homem de honra, todo verdadeiro patriota deve saber que, no mínimo, tem deveres com sua pátria e que é indigno ficar neutro. Como diziam os antigos: “a omissão e a neutralidade só ao diabo interessam”.

Sendo assim, vou me posicionando, repudiando o mau, convicto da vitória do bem porque, se transito desgarrado por ambos os lados é porque não sou absolutamente nada e isto é o pior que a Pátria pode esperar de qualquer de seus filhos. Chegou a hora de nos posicionarmos, aliás, há mais de três décadas que a hora chegou para a Nação Verde e Amarela e porque dela fizemos pouco caso é que acabamos por ter os desgovernos que fizemos por merecer. Todavia, ai daqueles que remexeram nos âmagos dos nossos costumes, da nossa cultura, das nossas famílias, da nossa fé, porque serão atirados no lixo da história.

Nem se diga que a opção há que ser pelas pessoas, senão pelas instituições, pois são essas que constituem as nações. Desde quando, em janeiro de 2019, se instituiu a “Nova Ordem” no Brasil estamos assistindo a uma terrível luta diária travada para salvar o País das mãos de regimes sociais-comunistas que, sorrateiramente, foram nos sendo empurrados goela abaixo. O mais doído em toda esta história é que os vermelhos avançaram tanto e de forma mais do que avassaladora, mas nunca disseram, com lealdade, ao que vieram. Do traidor Carlos Prestes ao assassino Marighela ambos em um passado recente e, entre nós no momento atual, do espertalhão FHC ao psicótico Ciro Gomes, nunca nenhum deles teve a hombridade de afirmar publicamente que trabalhavam ou que ainda trabalham para implantar no Brasil o regime comunista. Por isso mesmo ou por suas ignaras traições essa gente me causa engulhos, tanto quanto quem a cerca e quem a apoia. Lamento.

Com certeza nasce daí minha ojeriza aos 11 do STF escolhidos por inconfessáveis razões de governantes bandidos e aprovados por um Senado de malfeitores da política. Com certeza é daí que vem, também, minha justa ira contra toda classe política abominável que dominou o País de 1985 para esta parte e, sem dúvida, são por iguais motivos que desprezo firmemente os príncipes e nababos da máquina governamental aparelhada pelo PSDB, pelo PT e demais quadrilhas nominadas de partidos políticos.

Contudo, quando falo daquela trupe toda e mais, por exemplo, dos vassalos dos “Barões Dólares Marinhos” que, dia sim e outro também, tentam destruir nossa esperança de viver ou terminar os dias em País pronto, rico, justo e igualitário, sobretudo ousando tripudiar sobre a soberana vontade da maioria do povo que verdadeiramente cuspiu em sua lapela diretamente, a rigor nem é em relação àquela gente que me indigno tanto e sim contra “uns lobos em peles de cordeiro”, mansos e covardes quando até se dizem simpáticos ao governo atual, mas, entretanto entredentes apregoam, por exemplo, que no Brasil não tem comunista não; que Bolsonaro já se revelou tão ruim ou pior que os que o antecederam; que tudo está prestes a voltar ao que era antes; que o barco está afundando e que os ministros estão se comendo entre si, etc, etc.

Existem situações muito mais sérias e graves que podem verdadeiramente prejudicar o Brasil, que aqueles sabichões empedernidos ou aquelas “tubaínas empoderadas” nem se dão conta. Deveriam estar preocupados com as pressões, internas e externas, da banca espertalhona e voraz contra o mago das finanças Paulo Guedes para continuar mantendo 210 milhões de brasileiros explorados; dos países globalistas e de suas sociedades falidas contra o produto nacional; da cobiça desses mesmos países em relação às nossas riquezas e ao nosso agro-negócio e quejando. Quanto a tudo isso não falam nada, não se posicionam, ficam neutros.

Aquele é o Brasil dos contras; dos que não trabalham; dos céticos e dos mestres de obra pronta que se contrapõe ao País dos Tarcísios de Freitas, dos Paulos Guedes, das Terezas Cristina, dos Ricardos Salles competentes tocadores de boiadas para cima dos infaustos ecologistas do atraso, da inércia e da impostura.

Ainda outro dia, discursando na ONU, Bolsonaro queixou-se ao mundo quanto a tudo aquilo mesmo e mais contra a tentativa de se cercear a liberdade religiosa dos povos do planeta e aí não ouvi uma só palavra de apoio ou de incentivo de qualquer “isentão” daqueles. Porém, bastou que o Presidente indicasse para o STF um nome diferente do que a extrema imprensa estava apregoando, que o pau cantou no lombo do homem. Fazer o quê? Ver isto, e mais ainda, ver a “Tia Carminha do Supremo” questionando uma decisão administrativa do Ministério da Justiça ou a “Ministra Rosa Boba” se imiscuindo em decisões da competência privativa do CONAMA pensando que iria assim afrontar o Ministro do Meio Ambiente – ou até o próprio Presidente – para fazer feliz a “esquerdalha desocupada” com total apoio de alguns espertos dirigentes de “Movimentos de Rua”, ao final é tudo o mesmo besteirol desrespeitoso, inócuo e soez dessa turma que posa de “çabios” e de isentões.

Inobstante essa porcariada toda, temos o Brasil que Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – desde março do corrente e em meio à “pancademia dos vermelhos” – convidou como líder do grupo que trata das medidas de recuperação no combate ao coronavírus e no pós-coronavírus, por considerá-lo como um exemplo de recuperação econômica deste período, como, também o País que, em 2020, caminha para registrar o maior número de pequenos empreendimentos de sua história.

Realmente, segundo o SEBRAE, nos nove primeiros meses deste ano, o número de micro empreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período de 2019, chegando a 10,9 milhões de registros. A crise gerada pela pandemia trouxe na atividade empreendedora uma alternativa de renda que o governo vem apoiando fortemente. Disse ainda o SEBRAE, que 25% da população adulta estará envolvida, até o fim deste ano, na abertura de um novo negócio que geram mais da metade dos empregos formais e participam com 44% da massa salarial (com informe da Agência Brasil).

Destas e de outras notícias como a do “Brasil da Nova Ordem” que se firmou como maior produtor de alimentos do mundo ninguém fala nada. Isto e tudo o mais que, em menos de dois anos, o Brasil fez acontecer deve ser esquecido por conta de uma futrica de Brasília ou de um bate-barba entre candidatos ao estrelado. Ora, minha gente, tenha clemência! O Brasil precisa é de quem queira arregaçar as mangas, porque para ficar falando à toa e ganhar fácil dos cofres públicos já tem chupim demais.

Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Juridico da CPRM-MME é advogado. E-mai: bppconsultores@uol.com.br

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