Salvar a economia é a pauta dessa eleição
Inflação, aumento da pobreza e desemprego. Ninguém duvida que a pandemia e as restrições de circulação afetaram a economia mundial. Os números mostram isso diariamente. E no Brasil, tudo sobe a cada dia. Estamos aqui a enxugar as contas, esticar as dívidas, cortar qualidade de vida e parcelar o que for possível. Não há outro caminho, senão buscar urgente um pouco de alento e segurança econômica para todos. Tenho certeza que esse deverá ser o tema central das eleições deste ano. Terminado o prazo de mudanças partidárias para quem têm mandato as forças políticas começam agora a se acomodar e o cenário fica mais claro para a população. O povo começa a entender quem serão os candidatos, de que lado estão e o que se mostram dispostos a fazer pelo país.
Não há como pensar em eleição sem falar de propostas para minimizar esse momento delicado que estamos atravessando.
E neste momento, a economia é o tema que mais aflige os brasileiros.
A maioria acredita que a situação econômica vai continuar parecida ao longo deste ano todo ou que vai piorar. É consenso entre analistas que houve um aprofundamento da desigualdade social.
Se os índices econômicos não melhorarem, a tendência é que o eleitor dê mais importância à agenda econômica na hora de escolher seu candidato do que qualquer outro tema de extrema relevância também. Se sobrepondo, inclusive, à saúde, que historicamente aparece no topo da lista das preocupações dos brasileiros.
Acredito que muitos programas sociais para erradicação da pobreza precisam ser mantidos, além da criação de novos auxílios mensais a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Mas não basta atender apenas socorrer essa fatia mais pobre que tanto precisa da mão do Estado.
O setor produtivo e industrial, os empreendedores, os profissionais liberais também precisam de estímulos e apoio do governo.
Leio diariamente vários estudos e projeções de variados setores da economia propondo alternativas ao poder público para aumentar a competitividade da indústria para que o Brasil volte a crescer e gerar empregos.
O primeiro passo seria garantir que as empresas que sobreviveram à crise possam se reorganizar e voltar a operar.
Tenho me aprofundado nas ideias que estão sendo debatidas e vejo como viáveis várias delas, como instituir um programa de parcelamento de débitos com a União para permitir que as empresas cumpram suas obrigações tributárias. Outra solução seria garantir o acesso das empresas às linhas de capital de giro nos fundos constitucionais de financiamento.
O corte de gastos públicos, a reforma administrativa e a regulamentação do teto de remuneração do funcionalismo público são outras medidas que considero essenciais para contribuir com a estabilidade fiscal.
Muitas dessas ações dependem do Executivo, mas o papel do Legislativo- deputados federais e senadores- nesse processo é decisivo. São eles que darão suporte às leis e debates sobre tudo que possa ajudar o Brasil a virar essa página indigesta. Temos nossa parcela de contribuição em todo esse processo de salvamento que queremos para o país.
Cada brasileiro tem a responsabilidade de saber escolher em outubro seus representantes, quem irá defender as ideias, bandeiras e projetos de lei para termos o país que precisamos e merecemos. Está em nossas mãos. Vamos conversar mais sobre isso?