José Maurício de Barcellos

Educar é viver

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Neste primeiro artigo de 2021, penso que nada seria mais importante do que falar da educação no Brasil. Chegamos ao final destas últimas três décadas ao ponto em que chegamos, com o País à beira do caos e a sociedade inteiramente desgraçada, porque muito mais que não oferecer um ensino de qualidade, destruímos o pouco que ainda ensinávamos. O resultado é a vergonhosa posição dos nossos alunos no ranking mundial e um quadro de verdadeira desolação e de terror por quase todo o ambiente escolar, do fundamental ao universitário.

Não sou um educador e muito menos um especialista neste assunto de transcendental importância para qualquer país que queira ao menos se dizer civilizado. Falo como leigo e com o propósito de contribuir para que a grande parcela leiga da população desperte do verdadeiro estado de apatia e de descaso em relação a um problema desta magnitude.

Inicio citando o comentário de uma grande Mestra da Universidade Federal do Rio de Janeiro que, a propósito do ensino universitário no País um dia me escreveu: “Muito me entristece ver que a educação, do que jeito que veio sendo concebida desde Sarney, não forma nem liberta. Bem ao contrário, a educação nestes moldes que se estabeleceram só serve para ratificar a indigência intelectual dos alunos que chegam às universidades cuspindo e repetindo  discursos ideológicos que sequer sabem ou conseguem sustentar em um debate consistente”. É muito triste ouvir isso.

Continuo dizendo que Brasil tem investido pouco em educação e o pouco que investe ainda é mal aplicado e não chega às classes mais necessitadas. Além disso, a educação pública e em sequência o ensino privado, ambas padeceram com um terrível processo de degradação da proposta e dos métodos de ensinar por conta da loucura de se ter que submeter tudo à espúria ideologia social-comunista e, mais do que isto, à vinculação do sagrado ofício de ensinar ao nefando objetivo de destruir a família até ao ponto de se alcançar a falência moral e cívica do Estado que fatalmente desta forma estaria pronto para ser entregue a um regime ditatorial de esquerda qualquer.

É isso mesmo que se pretendeu com o florescimento da doutrina do psicótico Antônio Gramsci, desde década de 1970 para cá e pelo que lutaram, de forma covarde e vil, todos os governos de FHC a Temer, principalmente nas épocas que influenciavam as abomináveis comunistas Ruth Cardoso e Dilma Rousseff.

Para que se tenha alguma ideia do quão nocivo foi aquela gente, que acuso de serem as responsáveis por tudo quanto amargou o ensino no Brasil nos últimos tempos, trago a baila o caso do desprestígio e da degradação imposta à nobríssima classe das professoras primárias, que atuam hoje no chamado ensino fundamental. Reza a lenda, muitas vezes ouvida de velhos militares que uma professora primária, na década de 1950, ganhava igual a um coronel do exército, tanto que já foi considerado, em meados do século passado, como “golpe do baú” se casar com uma professora primária. O folclore popular rotulava o desafeto da labuta diária sustentado pela esposa, como “marido de professora”.

Pesquisando um pouquinho sobre o tema acabei recordando – com grande satisfação e orgulho como filho, irmão, sobrinho, afilhado, tio, primo e cunhado de grandes professoras primárias e secundárias – que a profissão docente, numa época em que nossa sociedade ainda estava livre do flagelo da pregação comunista agnóstica e assassina era sem dúvida a melhor e mais considerada das opções para o universo feminino e que, pelo valor à mesma conferido, os Estados garantiam para todas, sem exceção, emprego na rede pública de ensino e, como se disse, com remuneração bastante significativa.

Para marcar este aspecto que sobressaía em uma sociedade ainda não degradada trago a lume o que consegui colher em um percuciente trabalho de uma importante educadora do Rio de Janeiro.  “Ao final da década de 1940, a maioria das professoras primárias cariocas recebia mais de Cr$ 1.000 quando o salário mínimo vigente era de Cr$ 380, ou seja, a professora primária ganhava, em média, de três a quatro salários mínimos. Naquele momento, o salário mínimo tinha um significativo poder de compra, suprindo as necessidades básicas como: alimentação, habitação, vestuário, etc”.” Assim, o salário da professora primária conferia um expressivo poder de consumo, tornando-se uma remuneração bastante cobiçada pelas normalistas. Ao longo da década de 1950, de acordo com dados colhidos no Dieese, o salário mínimo sofreu vários reajustes significativos. Em 1952 houve um reajuste de 215,71%, o salário mínimo passou de Cr$ 380 para Cr$ 1.200; em 1954, o reajuste foi de 100%, o salário mínimo passou para Cr$ 2.400. E, em 1956, o reajuste foi de 58,33%, o salário mínimo elevou-se para Cr$ 3.800. O professor primário do Estado do Rio de Janeiro ganhava, na década de 1950, em torno de dois salários mínimos. Mas lembramos de que essa era a média do Estado, a professora primária carioca recebia um salário maior”.

Como não poderia e nem teria chance de ser diferente, o ensino secundário e superior – com raríssimas e honrosas exceções – chegou a um nível de achaques e de degradação que me leva a tremer ao pensar no sofrimento diuturno do mestre competente, erudito, e vocacionado, que traz marcado na alma o compromisso de ensinar e formar as futuras gerações.

Vou dar um pequeno exemplo do que quero ressaltar. Circula pelo território livre da rede mundial de computadores oito fotos e um vídeo gravado às escondidas nas dependências de algumas universidades federais. São fotos autênticas que já recebi de fontes diversas e o vídeo foi produzido por um aluno que, inconformado com tanta humilhação, denuncia publicamente todo horror que vivencia desde que ingressou em sua universidade grátis. As fotos revelam: campi universitários, prédios que nos custaram milhões de reais ou locais de uso comum, pichados, quebrados, aviltados com frases e palavras de ordem de cunho comunista, de apologia ao crime e ao tráfico de drogas; salas de aula e dependências que nada diferem do deletério ambiente das conhecidas “cracolândias” do submundo urbano e muito mais.

O vídeo revela que todos os reitores das tais universidades fotografadas, bem como assim a grande maioria dos professores são socialistas, satanistas, “cristófobos”, adeptos da ideologia do gênero, perseguidores da família e da cultura judaico-cristã, além de doentes incentivadores do sexo depravado entre o corpo discente e docente e ainda que todos são agentes de carteirinha do PT, do PCCSOL e do PSDB. As cenas e o vídeo são tão chocantes que fariam corar a mais suja e lasciva criatura da zona do baixo meretrício ou dos buracos do crime. É desta forma que o atual governo recebeu o legado dos governos socialistas que o antecederam e quando agora se quer por fim a toda essa depravação vem sendo perseguido, difamado, hostilizado e emparedado pelo lado negro e podre do STF e do Congresso Nacional, apoiado pela imprensa vermelha e abjeta que, na luta canalha que trava contra a “Nova Ordem”, se gaba de ter conseguido exilar do País o valente e destemido ex-ministro da Educação Abraham  Weintraub, ferrenho algoz daqueles “Malditos da Pátria”.

Com limitados poderes e diante da tarefa hercúlea que pretende resgatar a educação no Brasil, o presidente da república e sua equipe têm feito das tripas coração para avançar neste segmento. Muita coisa já mudou, muito já avançamos, mas a luta é enorme. Um proposta eficiente e que combate na raiz o desmanche produzido pelos comunas é a implementação cada vez maior das escolas cívico-militares, não apenas no ensino público, mas também no particular. A gestão Jair Bolsonaro tem apostado no aumento de unidades públicas que utilizam o modelo, prometendo 216 delas em 26 Estados nos próximos anos, já tendo instaladas 54 em 23 Estados e no Distrito Federal.

Essas unidades educacionais, a exemplo das instituições militares, guardam e disseminam a disciplina e a hierarquia como métodos que visam a melhorar o desempenho e a educação dos alunos, tanto quanto difundem o incondicional amor à Pátria e aos símbolos nacionais. A única crítica que até hoje ouvi da vermelhada sem verniz – que arde de ódio ao verem que serão desmontadas suas fábricas de “zumbis” – é que a imposição de condutas rígidas ou de disciplina não é responsável por um melhor desempenho dos alunos e nem pela elevação da qualidade do ensino, que viria através da melhoria da estrutura do colégio, da elevação do nível da qualidade dos professores e do aprimoramento do programa pedagógico.

Essa gente, que a rigor deveria estar presa pelo dano que vem causando ao País, acha que devia se dar mais dinheiro para as escolas que dominam, certamente para que continuem a roubar despudoradamente. Arvora-se no direito de dizer que tem a intenção de aprimorar o nível do corpo de professores talvez só para que possam manter suas sinecuras e seus privilégios arrancados dos cofres públicos, camuflados em congressos ideológicos, em estéreis convescotes em cursinhos fajutas, bem como assim aprimorar seus programas pedagógicos, que nas últimas décadas só produziram vergonha e desolação, além de gerações e gerações de analfabetos.

Aí estão para quem quiser ver e sentir as consequências do domínio espúrio dessa corja que faliu a educação no Brasil e até hoje nos envergonha perante o mundo. De um País que verdadeiramente endeusava, por assim dizer, seus professores nos transformarmos, em pouco mais de 30 anos, em uma Nação de ceifadores da vida e do futuro de seus próprios filhos e tudo porque, como bem destacou Weintraub – ao falar das escolas cívico-militares que o governo está colocando em prática por todo o Brasil – entre outras causas nos foram empurrados goela abaixo os objetivos e os métodos de um “energúmeno” que elevaram à condição de patrono da educação no Brasil, Paulo Freire, um comunista safado, ruim e fraco cujo único propósito na vida foi o de destruir a família brasileira.

Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado. E-mail: bppconsultores@uol.com.br.

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