Domingo no parque

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Brasília tem o privilégio de ter, no seu coração, uma área de quatro milhões e duzentos mil metros quadrados, definitivamente consagrada pela população: o Parque da Cidade, pertencente a todas as gerações passadas, presentes e futuras.

Inaugurado em 1978, pelo seu idealizador, o saudoso governador do Distrito Federal, ELMO SEREJO FARIA, o maior parque urbano do mundo já foi melhor do que é agora. Tinha até piscina de ondas, única no Brasil.

Elmo, engenheiro escolhido pelo Presidente Ernesto Geisel, quando era Superintendente do Centro Industrial de Aratu, em Salvador na Bahia, para ser o governador do Distrito Federal, de 1974 a 1979. Ele conseguiu realizar um programa de governo não superado pelos seus sucessores, até agora.

Cito apenas algumas realizações, além do Parque da Cidade:

1) Conjunto de viadutos ligando a W3 Sul à W3 Norte;

2} A Estrutural, ligando o Plano Piloto à Taguatinga, obra contestada à época: “A estrada que ligava nada a coisa nenhuma”. Calculem como seria o trânsito sem ela:

3) A conclusão da Ponte Costa e Silva, no Lago Sul, obra parada fazia quatro anos;

4) Sete viadutos no EIXÃO SUL ligando os dois eixinhos, complementados com as tesourinhas;

5) Conclusão da Barragem do Rio Descoberto, obra que propiciou a oferta de água potável para todo o Distrito Federal até recentemente;

6) Construção de trinta mil casas na Ceilândia, financiadas pelo BNH-Banco Nacional da Habitação;

7) Criação do PADEF, verdadeira reforma agrária. O estado doou a terra e disponibilizou financiamento, através do BRB, para os agricultores que vieram do Sul e que hoje exportam os seus produtos de excelência.

Não pretendo fazer relatório de governo, apenas um relato histórico para a geração atual. Ele, ELMO, já teve o integral reconhecimento do Governo Federal, porém, é importante que os cidadãos de hoje saibam a história da Cidade.  Registre-se que no tempo da construção do Parque não havia ecologista de plantão, Partido Verde, Ibama e afins. Já mudou de nome várias vezes, infelizmente, no entanto, a sua essência nunca será destruída.

A importância que o Parque da Cidade tem para a qualidade de vida daqueles que aqui moram está definitivamente consagrada. O Governador, ao construí-lo, honrou a memória do grande presidente Juscelino Kubitschek e contribuiu para ver realizado o sonho de Dom Bosco.

Em um domingo no Parque desfrutaremos sempre de uma  sinfonia da natureza, com a sua vegetação, os seus pássaros, as suas crianças e o seu povo regendo-a, em comemoração à vida.

As várias gerações pós 1979 não conhecem a verdadeira história de Brasília. Em razão do ranço ideológico, até hoje cultivado pela esquerda e os comunistas, sobre a ditadura brasileira, que não houve.

Nos aniversários de Brasília, não se divulga o que foi realizado pelo governo ELMO SEREJO, que, além de tudo acima descrito, era composto por uma equipe coesa e competente, que não gerou, em cinco anos, nenhum caso de corrupção.

Entendo que os governantes do GDF que vieram depois tenham vergonha das comparações.

Amigo ELMO, este artigo é mais uma homenagem que ainda posso prestar à sua memória, testemunha que sou do seu amor por Brasília. Até hoje, choro a sua morte.

Jorge Motta é jornalista.

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