China na corrida da indústria automobilística

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O século XXI consolida grande mudança no mundo automotivo.

Empresas gigantes disputam a liderança do mercado de carros elétricos.

As legislações com prazos para o fim da produção de veículos a combustão, obrigam as montadoras desenvolverem produtos com zero emissão e investimentos que passam de US$ 250 bilhões de 2025 a 2030.

Nessa corrida, a indústria chinesa leva vantagem.

A procura no exterior por veículos de boa qualidade fabricados na China é tão grande, que montadoras chinesas têm dominado o mercado na Rússia, transportando carros por trem.

O comércio dos carros elétricos promete expansão como nunca se viu.

A marca chinesa BYD, cujo nome é inicial de Build Your Dreams (“Construa Seus Sonhos”), tem plano para dominar o mercado mundial de elétricos, usando navios.

Já começou a construir em Guangzhou os seus próprios navios, com a intenção de desembarcar cerca de 7000 veículos de uma só vez e colocar no mercado milhares de carros, ao mais baixo preço possível.

Além disso, a empresa trabalha com a integração vertical “oito-em-um”, que os seus componentes mais importantes produzidos internamente.

Carros da BYD já usam as baterias Blade (8 anos de garantia), criadas pela própria empresa para serem mais baratas, seguras e eficientes e são usadas pela Tesla e Toyota

A BYD comprou em Camaçari, a fábrica que antes era da Ford e em 2024 lançará os primeiros veículos nacionais.

Na inauguração recente, esteve presente a senhora Stella Li, CEO da BYD Américas, que dançou com o grupo Olodum num grande evento organizado pela marca no Farol da Barra, em Salvador.

Há meses estão à venda unidades importadas.

O modelo BYD Dolphin, totalmente elétrico, foi o carro mais vendido em agosto de 2023 no Brasil.

Outras empresas de origem chinesa chegam e ocupam espaço da maioria das fabricantes tradicionais.

Ao contrário de anos anteriores, quando grupos da China chegavam apenas para montar kits semi prontos de carros de baixo custo, agora a maioria chega com planos de produção de modelos eletrificados, nacionalização de peças, instalação de centros de pesquisa e serviços.

Outras duas – GWM e Higer Bus – em menos de dois anos, anunciam aportes de mais de R$ 20 bilhões em produção local..

A Great Wall Motors Company Limited, (GMW) é a maior montadora de veículos privada da China.

Adquiriu a planta da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) e vai iniciar produção em maio do próximo ano, com um modelo híbrido flex.

A Higer Bus importa ônibus elétricos.

Para a montagem local a partir de 2024, a empresa investirá na primeira fase US$ 10 milhões em instalações em Fortaleza (CE

Percebe-se que está a caminho uma revolução, que irá gerar mobilidade tecnológica, eficiente e limpa, mudando o perfil das cidades.

Esta é a tendência global, que cresce no Brasil.

Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; relator geral e autor do substitutivo final da Lei de Patentes, na Câmara dos Deputados; Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; procurador federal – nl@neylopes.com.br – blogdoneylopes.com.br

Ney Lopes – jornalista, advogado, ex-deputado federal; relator geral e autor do substitutivo final da Lei de Patentes, na Câmara dos Deputados; Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara; procurador federal – nl@neylopes.com.br – blogdoneylopes.com.br

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