Desemprego entre jovens na China atinge nível recorde, mesmo no pós-covid
A cada ano país asiático renova o recorde desemprego entre pessoas com 16 a 24 anos
A China pode implodir sua própria economia nos próximos anos. Isso porque a cada ano tem renovado os recordes de desemprego juvenil. Nesse ano, na ressaca da pandemia do Covid-19, a taxa de desemprego entre trabalhadores de 16 até 24 anos está em 20% no país de Xi Jinping, como divulgou a coluna do jornalista Cláudio Humberto, nesta quinta-feira, 27. Em 2018, dois anos antes do surto do coronavírus, esse número era de menos de 12%.
Diante do crescente desemprego juvenil, a China está culpando seus graduados universitários por suas ambições profissionais e se recusarem a assumir o trabalho manual.
Por outro lado, os graduados desempregados reagiram à narrativa do governo chinês e criticaram as autoridades por não conseguirem criar empregos suficientes para o crescente número de jovens formados.
A reação ressalta a crescente raiva dos jovens chineses pela falta de mobilidade social na China, onde o controle do coronavírus e uma ampla repressão ao setor privado pesaram na segunda maior economia do mundo, aprofundando ainda mais a desigualdade.
A questão é que os graduados de hoje serão responsáveis por sustentar seus pais idosos, um grupo que supera a juventude da China após décadas de rígidas políticas de planejamento familiar, ao mesmo tempo em que enfrenta perspectivas profissionais limitadas e oportunidades para começar a acumular riqueza.