‘Tiro no pé’: BYD lança o Dolphin Mini mais caro do que esperado
O mais novo modelo da chinesa ficou longe de ser o elétrico mais barato do Brasil e só leva até quatro pessoas
Nos últimos dias, a BYD fez um estardalhaço com a divulgação do novo veículo da marca no Brasil, o Dolphin Mini. E gerou uma grande expectativa em relação ao preço, visto que a chinesa surpreendeu com Dolphin e Seal, mas dessa vez o espanto foi totalmente negativo.
Apresentado pomposamente com a presença do global Luciano Huck, o Dolphin Mini chega ao Brasil por inesperados R$ 115.900, bem acima do esperado pelo público e concessionários (inclusive, o principal comentário na live de apresentação foi o de ‘estou cancelando a minha reserva’, já que existia a expectativa dele chegar abaixo dos R$ 100 mil).
Mesmo com o valor “errado”, o Dolphin Mini chega como o segundo elétrico menos caro do Brasil, atrás apenas do Renault Kwid E-Tech, que teve o preço reduzido recentemente para R$ 99.990. O chinês ainda custa menos do que os compatriotas Caoa Chery iCar (R$ 119.900) e Jac e-JS1 (R$ 126.900).
Não é só no preço que a gigante chinesa erra com o novo veículo, mas no nome também. Na China, o supercompacto foi batizado de Seagull (Gaivota), seguindo a linha “Ocean” da marca, na qual o Dolphin (Golfinho) e Seal (Foca) fazem parte também. Por aqui, a decisão foi buscar o sucesso do irmão maior, o que certamente confundirá o público, já que ele não é uma versão mini do Dolphin, mas sim um veículo completamente diferente.
Um alento é que, a versão escolhida para vir ao Brasil utiliza a consagrada bateria Blade. No caso do Mini, com 38kWh de capacidade, o que, segundo a marca, garante uma autonomia de 280 quilômetros, pelo selo Conpet, o PBEV do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia e que pode ser carregada em tomadas de 127 ou 220V.
A chinesa afirma que leva menos de 30 minutos para ir de 30% a 80% de carga, mas não informou em qual tipo de carregador. Falando nele, ela não deixou claro se todos os clientes terão direito a um WallBox (como em todos os veículos da marca) ou apenas os que adquirirem o modelo na pré-venda. Procurada, a marca confirmou que, com os outros modelos, o Mini também virá com carregador em qualquer situação de compra.
O motor elétrico aliado a bateria Blade gera 75 cavalos de potência e 13,5kgfm de torque, o que garante uma aceleração nada otimizada, com 0 a 100km/h de longos 14,9 segundos. Direção elétrica, suspensão tipo McPherson na dianteira e barra de torção na traseira, freio de estacionamento eletrônico e a disco nas quatro rodas completam o conjunto mecânico.
Além do preço, do nome e da baixa potência, outro porém do Dolphin Mini, apesar do tamanho interno (são 2.500mm de entre-eixos), é a capacidade de passageiros. Ele foi homologado com apenas quatro assentos, ou seja, a família tem que ser pequena.
Ao menos, como o irmão maior, ele é bem equipado. Em versão única, tudo nele é de série. Entre os itens, destaque para bancos dianteiros tipo concha com o do motorista com ajustes elétricos, a já conhecida central multimídia rotativa com tela de 10,1 polegadas e conexão via Android Auto e Apple CarPlay, carregador para smartphones por indução, conexão 4G e painel de instrumentos digital de sete polegadas.
Entre os equipamentos de segurança, seis airbags, piloto automático, câmera de ré, retrovisores com aquecimento, descongelamento e ajustes elétricos, assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus, função Auto Hold, sensores de estacionamento e sistemas de frenagem de emergência e regenerativa.
O modelo, que já está disponível nas concessionárias da marca, chega em quatro cores: branca (interior rosa e azul escuro), preto (interior azul escuro), rosa (interior Rosa) e verde (interior azul claro). A garantia é de cinco anos ou 500 mil quilômetros, para a bateria é de oito anos e sem limite de quilometragem.
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