Produção brasileira de motos apresenta melhor maio desde 2012

Ao contrário da produção de veículos leves, que apresentou uma leve queda no acumulado do ano, a fabricação de motocicletas no Brasil segue aquecida, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).

A entidade afirma que, com 160.389 motos produzidas em maio, as fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) obtiveram o melhor resultado para o mês desde 2012.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado (155.015), houve um crescimento de 3,4%. No entanto, como os veículos leves, para abril, ocorreu uma queda de 1,8% (163,4 mil). De acordo com a Abraciclo, o número menor se deu por conta dos dias úteis a menos. A média diária da produção ficou em oito mil em maio contra 7,4 mil em abril.

No acumulado do ano, as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram mais de 700 mil motocicletas (761.734, mais precisamente), uma alta de 13,8% em relação aos cinco primeiros meses do ano passado (669.362). Segundo a Abraciclo, este é o melhor desempenho do setor dos últimos 13 anos.

“Todas as associadas cumprem o planejamento para atender a demanda do mercado, que segue tendência de alta. O polo de motocicletas em Manaus mantém seu ritmo de produção e de investimentos para atender aos novos consumidores e àqueles que querem trocar suas motocicletas por modelos mais atualizados e com mais recursos tecnológicos”, afirma Marcos Bento, presidente da Abraciclo.

As exportações de motocicletas seguem o mesmo padrão dos veículos leves: “queda livre”. Em maio, as marcas instaladas no PIM enviaram 1.476 motos para outros mercados. O volume é 51,1% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023 (3.014) e 44,3% menor na comparação com abril (2.588). No acumulado do ano foram embarcadas 13.503 unidades, retração de 20,4% na comparação com o mesmo período de 2023 (16.963).