Primeira impressões Chevrolet Equinox RS: melhoria custou caro

Conhecemos de perto a nova geração do SUV médio da marca da gravata, que chega atualizado, mais moderno e seguro, mas pede caro para isso

Campos do Jordão (SP) – Não é hoje que falamos que os SUVs dominam o mercado brasileiro e mundial. Há anos os utilitários chegaram com tudo para serem a categoria que mais balança com o coração dos motoristas. Para se ter uma ideia, somente no Brasil, eles já representam quase 40% de todos os emplacamentos de veículos leves, com dados de janeiro a novembro deste ano.

E tanto o percentual, quanto o valor absoluto de vendas vêm crescendo a cada ano. Em 2023, foram 782.349 SUVs emplacados no Brasil, responsáveis por 35,89% de todas as vendas de veículos leves. Agora em 2024, até novembro, já são 842.402 (ou seja, 60 mil a mais com um mês a menos), o que representa 37,6% do total.

E claro que, com mais gente querendo ter um utilitário na garagem, mais as marcas investem nesta categoria. E estes números que citamos são de todo o segmento, dos super pequenos aos gigantões, com todos os estilos e propostas. Dentre eles, uma das mais diversas é a de médios, com modelos para todos os gostos.

Dos de pegada mais urbana, passando pelos de apelo off-road, há elétricos, híbridos, apenas com motorização turbo, até somente aspirados. As opções são para lá de variadas, mas há algo em comum, o porte e o alto nível de tecnologia embarcado. E a categoria acaba de ver um representante ser completamente atualizado, o Chevrolet Equinox, que trazemos agora as “Primeiras Impressões”.

Precificação

Ele é um dos que alinha motorização turbo a tração integral AWD.

Com modelos de todos os tipos, a categoria é uma das mais disputadas e, lógico, tem preços bem variados e, nisso, a Chevrolet não mandou bem com o Equinox. O modelo chega em duas versões, ambas com status de topo de linha, por salgados R$ 267 mil, o que o deixa como um dos mais caros do segmento. 

Mais caro que ele, apenas o líder da categoria, o Jeep Compass (R$ 285.590), e o híbrido plug-in GWM Haval H6 PHEV34 (R$ 283 mil). O rival com aspectos mais parecidos é o Mitsubishi Eclipse Cross (R$ 224.900). Mas ainda há o Volkswagen Taos (R$ 220.990), Toyota Corolla Cross (R$ 212.890), Ford Bronco (R$ 260 mil), Caoa Chery Tiggo 7 (R$ 181.990) e BYD Song Plus (R$ 239.800).

A lá Blazer

O visual está mais alinhado com o Blazer EV do que com o gêmeo elétrico.

O novo Equinox é o sexto, e último, lançamento da marca realizado no Brasil neste ano. Guardado a sete chaves durante o ano, desde que teve as primeiras imagens foram reveladas, mostrou um ponto curioso, ele se parece mais com o Blazer EV do que com o gêmeo elétrico, o Equinox EV.

Chegando à quarta geração, a segunda por aqui, o SUV teve o visual completamente atualizado, com uma pegada bem característica do que vimos na marca neste ano, principalmente na S10 e no Trailblazer. Com a diferença que o utilitário médio conta com duas versões topo de linha distintas, a RS e a Activ, com diferenças justamente no visual.

A cabine segue o padrão visto nos últimos modelos da marca.

A Activ tem uma pegada mais aventureira. Nela, há um detalhe em cromado escuro na grade que desce pela lateral e a parte inferior do para-choque é na cor da carroceria. Já na RS, de estilo esportivo, o acabamento é em preto brilhante, assim como o teto e as colunas A e B. As rodas também são diferentes, de 19 e 20 polegadas.

O interior também é completamente novo, seguindo padrão atual da marca, visto inicialmente na Spin, tendo como destaque as duas telas digitais duplas, uma para o painel de instrumentos e outra para a central multimídia. O resto da cabine tem estilo mais próprio, tanto o painel, quanto o console central, que é de dois andares, e nos bancos. 

O espaço traseiro é um dos grandes destaques da cabine.

Na parte do acabamento do interior, a diferença entre as duas versões está basicamente nas cores e no volante, que na esportiva é de base achatada. A RS, tem estilo escurecido, com acabamento em preto e detalhes em vermelho. Enquanto a Activ é em um tom mais claro de marro com o preto.

Um ponto super positivo da cabine é o espaço interno, com uma área generosa para quem vai atrás. Três adultos conseguem um bom conforto no banco traseiro e ainda contam com saída de ar, portas USB e bancos aquecidos, exceto o do meio. O porta-malas tem bons 469 litros, nem o menor, nem o maior da categoria.

Melhorado, mas controverso 

Como os irmãos elétricos, ele conta com sistema Google Built-in.

Apesar de custar o mesmo valor, a RS é estranhamente menos equipada do que a Activ. A Chevrolet até tentou alegar que o estilo mais esportivo da versão fez com que ela perdesse itens, como se a pintura preta do teto fosse mais importante que a câmera 360º, alerta traseiro de detecção de pedestres e retrovisor interno eletrocrômico com projeção de imagens (usa uma câmera e o espelho tem uma tela), disponíveis apenas na aventureira.

Sobre o espelho, em específico, o segundo maior deslize da americana nos itens, não bastasse na Activ ele ser digital, na RS não é nem eletrocrômico, mas sim um manual super simples. Em um veículo de quase R$ 300 mil, a falsa economia beira o absurdo. Tirando estes três, a lista é idêntica, a mesma para as duas versões, e bem completa.

Os bancos traseiros têm saída de ar e aquecimento para os laterais.

Assim, ele vem com abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas com acionamento por sensor de presença, ar-condicionado digital dual zone com a saída para a traseira, bancos dianteiros com ajustes elétricos, aquecimento e refrigeração e traseiros com aquecedor, chave sensorial, partida remota e por botão, teto solar panorâmico.

Central multimídia com tela de 11,3 polegadas com sistema operacional Google Built-in,  conexão sem fio para smartphones e wi-fi embarcado, carregador de celular por indução, retrovisores externos elétricos, aquecidos e com rebatimento, para-brisa com isolamento acústico e painel de instrumentos digital com tela de 11 polegadas colorido e configurável. 

O painel de instrumentos é digital e configurável.

Entre os itens de segurança, alertas de tráfego cruzado dianteiro e traseiro com frenagem autônoma de emergência, detecção frontal de pedestre e ciclistas, esquecimento de objeto no banco traseiro, segurança vibratória no banco do motorista e de ponto cego com correção ativa da direção, seis airbags, faróis full LED, frenagem automática de emergência.

Piloto automático adaptativo com stop & go, indicador de distância do veículo à frente, auxiliares de permanência em faixa e de partida e descida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus, sensores de estacionamento, crepuscular, de chuva e perimetral de desembarque e freio de estacionamento eletrocrômico com função auto hold. 

Leve alteração

O motor foi levemente recalibrado, com um ganho de cinco cavalos.

Quando foi lançado por aqui, no fim de 2017, o grande destaque do Equinox era o conjunto mecânico. Primeiro, ele veio com um poderoso 2.0 turbo de 272 cavalos, em 2020 veio o 1.5 turbo, até que, em 2021 ele passou a utilizar apenas a caixa menor, que não é ruim, longe disso, mas claramente não tem a mesma força esportiva da maior.

Para a nova geração, a marca manteve o propulsor 1.5, mas com uma leve recalibração. Ele saltou de 172 para 177 cavalos e de 27,8 para 28kgfm de torque. A tração integral foi mantida, assim como a direção elétrica, mas a transmissão é completamente nova, agora ele usa uma caixa automática de oito velocidades. 

A direção do SUV é segura a confortável.

Quem nunca chegou a dirigir as versões com o poderoso motor de entrada do Camaro (era a mesmíssima caixa de força), o 1.5 atende muito bem. O ganho atual é imperceptível, mesmo assim o SUV anda bem, a resposta do acelerador é boa e permite realizar manobras com excelência, sejam ultrapassagens ou saídas e retomadas de velocidade.

A nova transmissão também atua muito bem, com trocas sutis, sem qualquer tranco, deixando a condução mais confortável, neste aspecto. Durante o teste do lançamento, fomos de São Paulo capital para Campos do Jordão e, mesmo com novos vidros com isolamento acústico, o ruído do motor invade um pouco a cabine, mas nada exagerado.

A alavanca do câmbio foi para a coluna de direção e, agora, há borboletas para trocas manuais.

Para a condução, a Chevrolet apresenta duas grandes novidades, uma muito interessante, que é a opção de ativar – ou desativar – a tração integral. O motorista escolhe, por meio de um botão, se deixa a força do motor ser direcionada para as quatro rodas ou apenas para as dianteiras. Já a outra não se mostrou muito funcional, ao menos neste primeiro contato. 

O Equinox passa a contar com borboletas no volante, que deveriam ser para trocas de marcha, mas primeiro elas não funcionam se o câmbio estiver apenas no modo “Drive”, o famoso “D”, é preciso colocar no L, só que ele não é ativado na alavanca da transmissão, que fica na coluna de direção, mas sim por um botão no volante, questão de costume.

A opinião do Diário Motor

Chevrolet Equinox Turbo RS.

O Equinox chega à quarta geração, a segunda por aqui, muito bem, principalmente no aspecto do visual (manteve o estilo americano de design robusto), do conjunto mecânico (um ótimo encaixe entre o motor, câmbio e tração) e a melhoria da lista de equipamentos. O porém, para variar, é o preço, um pouco acima do que deveria. 

Mas o deslize mesmo é a questão da diferença entre os equipamentos. Se as duas versões são topo de linha com o mesmo preço, tendo, em teoria, apenas o estilo diferente, deveriam ser idênticas. Este fator e o preço acabam derrubando um pouco a avaliação dele, ainda mais ao ver que a versão RS nem um retrovisor eletrocrômico tem. Com isso, vale o teste com possível compra! Nota: 7,5.

Ficha técnica 

Motor: 1.5 turbo

Potência máxima: 177cv 

Torque máximo: 28kgfm 

Transmissão: automática de 8 velocidades

Direção: elétrica

Suspensão: independente nos dois eixos 

Freios: a disco nas quatro rodas 

Porta-malas: até 469 litros 

Dimensões (A x L x C x EE): 1.713 x 1.902 x 4.667 x 2.730mm 

Preço: R$ 267 mil

1/69Chevrolet Equinox Turbo RS.Primeira impressões Chevrolet Equinox RS, uma custosa melhoria (fotos: Geison Guedes/DP e GM).Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo.Chevrolet Equinox Turbo RS.Chevrolet Equinox Turbo RS.

*Viagem a convite da Chevrolet