Crise no Sul frea produção de veículos em maio, afirma Anfavea

Ao contrário dos emplacamentos, que apesar de uma leve redução entre maio e abril, manteve alta no acumulado do ano, mesmo com a tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul, a produção de veículos fechou os cinco primeiros meses do ano em queda, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo a associação, o crescimento da produção foi interrompido em maio pelos reflexos dos alagamentos no Rio Grande do Sul. Fábricas pararam ou tiveram seu ritmo reduzido não só no estado, mas também em outras regiões do país, dada a importância estratégica de vários fornecedores gaúchos.

De janeiro a maio, as montadoras instaladas no Brasil produziram 926.847 veículos, de acordo com os números da Anfavea. Uma queda de 1,7% em relação aos cinco primeiros meses de 2023, quando 942.786 unidades foram fabricadas. Em maio, a produção ficou 166.733 modelos, quedas de 24,9% para abril (222.115) e de 26,8% para o mesmo período do ano passado (227.914).

Entre os veículos leves, a redução foi ainda maior. Em maio, foram fabricados 152.830 unidades, queda de 26,4% em comparação com abril (207.651) e de 29,8% para o mesmo mês de 2023 (217.575). No acumulado do ano, redução de 3,6% (862.663 contra 895.052).

De forma inesperada, caminhões e ônibus tiveram dados positivos, indo de contrário ao mercado geral e de veículos leves, na relação com o ano passado. O acumulado do ano apresentou alta de 34,5% (64.184 contra 47.734). Maio, com 13.903, cresceu 34,4% em comparação com o mesmo mês de 2023 (10.339), mas caiu 3,9% para abril (14.464).

Já as exportações continuam em “queda livre”. Em maio, o Brasil enviou 26.760 veículos para outros mercados, quedas de 2,1% em comparação com abril (27.334) e de sonoros 41,4% para o mesmo período do ano passado (45.660). Com isso, o acumulado do ano apresenta uma redução de impactantes 30,5% (136.342 contra 193.830).