Oposição defende contenção do STF e impeachment como remédios para o País
A oposição continua mobilizada para pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a abrir processo de impeachment do ministro do STF Alexandre Moraes, alvo de seguidas acusações de abuso de poder e perseguição a aliados e seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro, publicadas no jornal Folha de S. Paulo. Para um desses seguidores bolsonaristas, deputada Bia Kicis (PL-DF), “há remédio [para o Brasil] e ele começa com o impeachment do Alexandre de Moraes”.
Resgate urgente
Procuradora de carreira aposentada, Bia Kicis afirma que o Legislativo está desprestigiado “e precisa resgatar suas atribuições constitucionais,”
Abaixo-assinado
Movimento pelo impeachment de Moraes soma 4,83 milhões de pessoas na plataforma Change.org. Outro, iniciado há três dias, já tem 850 mil.
Mourão apoia
O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) também apoia a abertura do impeachment e o fim das decisões monocráticas de ministros do STF.
Respeito à Carta
Para Mourão, é preciso restabelecer o equilíbrio entre os Poderes “para barrar o avanço” do STF para além dos limites pela Constituição.
BNDES não gasta tanto em propaganda desde 2018
O BNDES não negou a informação divulgada ontem nesta coluna, sobre seus gastos com propaganda, de janeiro a julho de 2024, mais de cinco vezes o que torrou no mesmo período em 2023, mas alega informação “distorcida”. A desculpa é culpar a gestão anterior por não planejar a gastança de 2023. Pior: informa que os gastos atuais estariam “abaixo do limite contratual com as agências licitadas”, sugerindo que a farra irá aumentar. O banco não gasta tanto dinheiro em propaganda desde 2018.
Sem dó e piedade
Nos primeiros sete meses de 2023, o BNDES gastou mais de R$6 milhões e no mesmo período de 2024 cinco vezes mais: R$32,4 milhões.
Natal obeso
O BNDES gastou R$38,8 milhões com propaganda em 2023, dos quais R$30,7 milhões foram somente no mês de dezembro.
Transparente no escuro
BNDES alega que sua transparência seria “premiada” e não explica por que já torrou, até julho último, quase tudo (84%) dos gastos de 2023.
Poder sem Pudor
Jânio e a torta
Como todo político em campanha, o estômago de Jânio Quadros tudo aceitava sem direito a queixas. E ele se derramava em elogios, às vezes imerecidos. Foi o caso da torta de odor suspeito oferecida pela mulher de um prefeito, no interior de São Paulo. Ele mentiu: “Que delícia! Seria ótimo outro bocado para a viagem de amanhã!” Ao amanhecer, quando se preparava para partir, recebeu da orgulhosa senhora uma nova torta. Jânio agradeceu, comovido, até enxugou uma lágrima inexistente. Mas a atirou no lixo, tão logo dobrou a esquina.
Corte ideológica
Na queda de braço do Congresso vs. aliança Lula/STF, Domingos Sávio (PL-RJ) lembra que não existe e nunca “ditadura do Legislativo”, mas diz que, abandonando a imparcialidade, o STF se torna “corte ideológica”
Questão de respeito
Sobre impeachment de Moraes, o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN) diz que “isso não é sobre vingança ou retaliação”, mas “restabelecer o equilíbrio de poderes” e o respeito ao Legislativo.
Poder enfraquecido
Marcel van Hattem (Novo-RS) critica a prioridade da maioria dos colegas aos “interesses paroquiais” das emendas. Para ele, isso enfraquece o Legislativo, “que deveria ser o supervisor dos demais poderes”.
Holofote
Na semana da morte de Sílvio Santos, do Botafogo x Flamengo e volta dos campeonatos europeus, Alexandre de Moraes entrou nos assuntos mais buscados da internet dos últimos 7 dias, aponta o Google Trends.
Frase do dia
A volta do ‘toma lá, dá cá’ é um erro grave
Deputado Danilo Forte (União-CE) avisando que emendas impositivas não têm volta
PSB que casssa
A ação que pretende cassar a candidatura de Pablo Marçal (PRTB) em foi proposta pelo PSB ao Ministério Público Eleitoral, que também até já pediu cassação de Guilherme Boulos, mas este a Justiça já negou.
Aperto de sempre
Quase todas as pesquisas nos EUA apontam disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris. Ela está à frente há alguns dias, mas configura empate técnico quando consideradas as margens de erro.
Auditável previne fraude
A urna eletrônica da Venezuela, made in Argentina, é auditável porque, quando a votação é encerrada, imprime um comprovante com os resultados e um QR Code que os resume. O papel é assinado por mesários e fiscais, daí a dificuldade de a tirania fraudar cada documento.
Back-up de votação
A oposição venezuelana se preparou para enfrentar a fraude, orientando dezenas de milhares de fiscais a fotografarem comprovantes de votação (atas eleitorais) e seus QR code, antes de os militares recolherem tudo.
Pensando bem...
...urnas auditáveis na Venezuela prenderam o rabo do ditador.