‘Dote’ faz de Mandetta agora o vice mais cortejado
As pesquisas mostram que são inexistentes as chances de o ex-ministro Luiz Mandetta (DEM) virar um candidato a presidente competitivo, mas outra vez o dinheiro fará a diferença. É que o ex-ministro da Saúde se tornou o candidato a vice mais cortejado, em razão do seu “dote”: a montanha de dinheiro público do Fundão Eleitoral do União Brasil, novo partido que surgirá da fusão PSL/DEM, e outra ambicionada moeda, neste período de conchavos políticos: o tempo de TV do seu partido.
Combinar com os russos
Vagando como zumbi desde sua demissão da Saúde, Mandetta se vê de volta ao jogo, mas terá de convencer seu partido que é o nome certo.
Nadando em dinheiro
Se o Congresso derrubar o veto à LDO e mantiver os R$5,7 bilhões do Fundão Eleitoral, como planeja, o União Brasil receberá R$900 milhões.
Diálogo de surdos
Mandetta, João Doria e Sergio Moro travaram um “diálogo de surdos”, durante jantar, esta semana. Todos querem ser “cabeça de chapa.
Só pensa naquilo
Tanto Doria quanto Moro adorariam Mandetta como vice, em razão dos milhões do Fundão Eleitoral e do tempo de TV do União Brasil.
‘Certificação digital’ virou arapuca contra o cidadão
O cidadão se ferra sempre. Quando imaginou que as novíssimas empresas de certificação digital representariam o início do fim dos cartórios, instituição em extinção mundo afora, a coisa ficou ainda pior. Se cartório cobra exorbitantes R$25,50 por um carimbo para reconhecer firma em um contrato, a “certificação digital” de pessoa física custa R$159 em uma dessas lojas-arapucas, grande parte de propriedade de familiares de donos de cartórios. Pior de tudo: só é válida por um ano.
Dinheiro fácil
A certificação digital de pessoa jurídica em contrato é ainda mais cara. Chega a R$285 e sua validade também se limita a apenas um ano.
Valor injusto
Os R$159 da certificação de pessoa física representam R$13,25 mensais para a loja-arapuca manter sua assinatura em um computador.
‘Digital’ de araque
A certificação é digital apenas para a loja-arapuca que o cidadão escolhe para ser assaltado. Não há portabilidade.
Poder sem Pudor
Dos Thales, o maior
Dois gigantes do colunismo político, Carlos Castello Branco, do Jornal do Brasil, e Luiz Recena, do Jornal de Brasília, tinham como fonte o deputado Thales Ramalho (PE), espertíssima raposa política. Certa vez, ao comentar a escolha do adversário e conterrâneo Fernando Lyra para o ministério de Tancredo Neves, Thales perpetrou uma maldade que era também grande injustiça: “Fernando não pode ser ministro da Justiça porque é um analfabeto.” Certa sexta-feira, já recomposto com Lyra, ele surpreendeu: “Castello, escreva pra domingo que Fernando será ministro da Justiça.” Castelinho cobrou: “Pô, Thales, ele não era um analfabeto?” A resposta: “Alfabetizou-se esta semana, Castello...” Depois, Thales ligou para Recena: “Escreva isto também, vá que o Castello esqueça...”
Meu pirão primeiro
O tal “mercado” não queria abrir mão de receber à vista R$90 bilhões em precatórios, mesmo paralisando a União. Agora exige “rigor nas contas públicas” para pressionar contra a melhoria do valor do Bolsa-Família.
Que vergonha
O mesmo “mercado”, que tem horror a pobres, fez a Petrobras adotar o discurso de não desembolsar vintém, de seus lucros bilionários, para ajudar a bancar botijão mais barato para famílias carentes.
Senador em fúria
Eduardo Girão (Pode) atacou duramente o governador Camilo Santana por deixar cearenses “reféns do crime” por falta de gestão. “Comanda a segurança do estado há anos, mas não resolve o problema”, criticou.
Jucá vem aí
O ex-senador e ex-líder de todos os governos Romero Jucá está em plena campanha para voltar ao Congresso. Sem pedir votos ou divulgar número na urna, ele aposta em seu podcast e nas redes sociais.
Frase do dia
Não me calarei
Dra. Nise Yamaguchi em nota à imprensa onde se defende de acusações infundadas que circulam na internet
Mais uma pá de cal
A Comissão de Cultura da Câmara quer eternizar a obrigatoriedade de exibir filmes brasileiros nos cinemas, ainda que deem prejuízo. Em extinção e em dificuldades, ficam sujeitos a multa altíssima.
Ameaça ao avanço
Especialistas ouvidos no Senado são contra a quebra de patentes de vacinas, aprovada pelo Congresso e vetada por Bolsonaro. “Eu, se fosse uma empresa e estivesse ameaçado por essa lei, sem o veto, nunca traria para o Brasil nada relevante”, disse Antônio Buainain (Unicamp).
Notícia boa se esconde
Sem manchetes, o embaixador brasileiro Flávio Bonzanini foi reeleito, por aclamação, como secretário-geral da Agência para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL), no México.
Resultado mais recente
A União Europeia verificou que os transportes aéreos e marítimos internacionais aumentaram a emissão de gases de efeito estufa em 2,4% e 3,6% respectivamente. Quase o triplo de todo o Brasil somado.
Pergunta na ciência
E aí, senhores, a “curva” já achatou?