Deputado propõe frente em defesa do Congresso e conta STF legislador
O ex-ministro e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) iniciou coleta de assinaturas para criar uma frente parlamentar cujo objetivo primordial será a defesa das prerrogativas constitucionais do Congresso, frequentemente atropeladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em diversos casos de invasão de competência. “É no Congresso que o povo fala. O Supremo é um órgão técnico. O povo não fala no Supremo”, diz ele, que também quer combater eventuais abusos do Poder Executivo.
Pesos
“A frente parlamentar vai servir para resgatar essas prerrogativas e para discutir onde essas prerrogativas estão sendo ultrapassadas”, diz Terra.
Contrapesos
“Nós aqui é que temos que decidir a política”, afirmou Osmar Terra, que alerta contra decisões o STF como a legalização do porte de drogas.
batismo
O grupo será chamado de Frente Parlamentar da Valorização das Prerrogativas Legais dos Parlamentares e Soberania Popular”.
Calos
A retomada no STF do caso do marco temporal das terras indígenas também incomoda deputados, que já aprovaram projeto sobre o assunto.
Maranhão, a 1,6 mil km de Brasília, domina a CPMI
Chama atenção da oposição no Congresso o interesse desproporcional de parlamentares do Maranhão na CPMI do 8 de Janeiro. A quase 1.600 km de Brasília, o estado detém o maior número de cadeiras na CPMI que apura a quebradeira... na Capital Federal: são seis parlamentares do estado que também é o domicílio eleitoral do ministro Flávio Dino (Justiça), um dos acusados de omissão durante os atos do dia 8.
Minoria local
Palco da quebradeira, o Distrito Federal, que arcou com boa parte do prejuízo, só tem dois parlamentares na CPMI. Um deles é suplente.
Acusação grave
O senador Sérgio Moro (União-PR) já lembrou que os agentes sob comando de Dino nada fizeram. “Havia quatro pelotões que não agiram”.
Controle de cena
A tropa maranhense ajuda a manter engavetados, por exemplo, pedidos de convocação do próprio Dino, alvo, até agora, de 15 requerimentos.
Poder sem Pudor
O fígado sofredor
O esporte favorito de Miguelzão, figura popular em Campina Grande (PB), era chamar de “beberrão” nos papos do calçadão da avenida principal, naquele ano de 1990, um conterrâneo ilustre: o saudoso poeta e candidato a governador Ronaldo Cunha Lima. Eleito, o político resolveu fazer as pazes com Miguelzão. Uma testemunha ponderou: “Ronaldo não guarda nenhum rancor, reconheça que ele tem bom coração!” Miguelzão concordou, mas não recuou: “É, o coração dele é bom, mas o fígado não presta...”
insatisfeito
Políticos de carona no carro do ministro Paulo Pimenta chegaram ao destino convencidos de que é iminente a demissão do presidente da estatal EBC, Hélio Doyle. O chefe da Secom não parou de falar mal do subordinado – cujo currículo, aliás, é bem melhor que o dele.
Ministros de fato
O deputado Evair de Melo (PP-ES) avalia que Fernando Haddad (Fazenda) está desarticulado: “quem segura as pontas da economia é o presidente Lira e Roberto Campos Neto”, presidente do Banco Central.
Cumprindo tabela
Segue no TSE a ação sobre o pagamento ilegal de cachês para 14 artistas fazerem o L na campanha de 2022, usando dinheiro público. Mas, apesar da indecorosa ilegalidade, ninguém aposta em Brasília que Lula, PT ou os artistas sejam condenados. Periga serem homenageados.
Orlando tapioca
O deputado Orlando Silva (PcdoB-SP) quis surfar na onda da atualização da Esplanada e lembrou de quando comandou a pasta do Esporte. Não mencionou que até tapioca de R$8 ele pagou com cartão corporativo.
Frase do dia
“O ministro Toffoli peca mortalmente”
Senador Hamilton Mourão (Rep-RS) sobre a anulação dos processos contra o ex-chefe
Estratégia covarde
À coluna, o presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Sanderson (PL-RS), criticou anulação das provas da Odebrecht contra Lula, “faz parte de uma estratégia covarde para inocentar os corruptos que assaltaram o país”, avaliou o deputado.
Nº 1 em demissões
Lula, o “politicamente correto”, é o primeiro presidente brasileiro a demitir primeiro duas mulheres da sua equipe ministerial; Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo e Ana Moser, do Ministério dos Esportes.
Só pensam nisso
A carga tributária não para de crescer. O orçamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que Lula usa para cooptar o centrão, recebe 2% da Cide, imposto sobre combustíveis ressuscitado por Lula na expectativa de arrecadar R$30 bilhões por ano.
Nada suspeito
“Grupo de trabalho” formado para realizar minirreforma eleitoral a tempo da eleição 2024 e liderado por petista tem como um dos objetivos a “simplificação do processo de contas e da propaganda eleitoral”. Humm...
Pensando bem...
...o STF transformou em premonição o que era apenas uma gozação do genial Roberto Campos: “no Brasil, até o passado é incerto”.