Cláudio Humberto
Coluna CH/3 de outubro

Contados os votos, pesquisas passam vergonha nas presidenciais e nos Estados

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Bolsonaro (PL) vota no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/ TV Globo

Os institutos de pesquisa passaram vergonha, no primeiro turno das eleições deste ano, errando quase todos os diagnósticos ou “prognósticos”, como definiu seus curiosos números o diretor do mineiro Quaest, caçula no ranking do vexame. Após os resultados que não confirmaram seus números, os responsáveis pelo Datafolha, pelo Ipec (ex-Ibope) ou Ipespe se fingiram de mortos, sem apresentar explicações.

Coisa feia...

Na derradeira pesquisa presidencial, o Datafolha cravou vantagem de 14 pontos para Lula. Acabou em 4,8.

Pesquisas ativistas

Os pesquiseiros tentaram fazer acreditar que Haddad venceria em São Paulo. Perdeu feio. Quase Tarcísio Freitas foi eleito em 1º turno.

Honrosa exceção

Só o Paraná Pesquisas apontou a vitória de senadores Astronauta Marcos Pontes (PL) em São Paulo e Sérgio Moro (UB) no Paraná.

Honrosa exceção II

No cenário nacional, apenas a média da Potencial Inteligência para o Diário do Poder acertou a diferença entre Lula e Bolsonaro: 4,1 pontos.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Maior vitória de Bolsonaro foi no Senado Federal

O ex-presidente Lula vai para o segundo turno com pequena vantagem, mas o presidente Jair Bolsonaro já ganhou apoio expressivo no Senado Federal. Nada menos que 59% das vagas em disputa foram para políticos que receberam apoio de Bolsonaro. São nove vagas para seu partido (PL), de senadores eleitos como Magno Malta (ES), e sete para aliados próximos como Damares Alves (DF) e Tereza Cristina (MS).

Quem diria

Sérgio Moro (União) foi um cujo apoio declarado a Bolsonaro de última hora ajudou muito a garantir a própria cadeira de senador por oito anos.

Missão cumprida

Escanteado, o vice-presidente Hamilton Mourão (Rep) levou a vaga do Rio Grande do Sul e vai ajudar na governabilidade ou oposição a Lula.

Bloco unido

Dr. Hiran desbancou o antes todo poderoso Romero Jucá em Roraima. Do mesmo PP de Arthur Lira, ajuda a compor grande bloco no Senado.

Poder sem Pudor

Aos amigos, tudo

Artur Bernardes, que governou Minas Gerais e mandou no Brasil, é o autor de um princípio de hipocrisia política até hoje adotado pelos poderosos: - Para os correligionários, tudo. Para os adversários, a lei. Quando possível.

Paraná mandou bem

Atacado de forma cruel e covarde, só o Instituto Paraná Pesquisas acertou no último levantamento sobre as intenções de voto para senador, em São Paulo, apontando a liderança do Astronauta Marcos Pontes (PL).

Novo nome

Em sua última pesquisa, o Ipec cravou 16% de Izalci Lucas (PSDB), na disputa pelo governo do DF. O ex-Ibope já deve estar considerando mudar de nome outra vez: abertas as urnas: Izalci teve 4,3%.

Senador Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) confirmou uma vitória considerada improvável para o Senado, no Rio Grande do Sul, de acordo com a maioria dos institutos de pesquisa enganadores.

Pastas ao vento

Após 20 anos a senadora Kátia Abreu (PP) vai ficar sem mandato a partir do ano que vem. Ela foi derrotada na disputa para voltar ao Senado com 17%, enquanto Professora Dorinha (UB) foi eleita com mais de 50%.

Frase do dia

Estou profundamente preocupado com o que está acontecendo

Ciro Gomes sem crer no assalto que o fez perder 10 milhões de votos desde 2018

Padre teve votos

Candidato que substituiu Roberto Jefferson aos 45 do segundo tempo na campanha, o queridinho da internet Padre Kelmon (PTB) conseguiu arrancar quase 80 mil votos para presidente da República.

Cara de tacho

A vitória do Capitão Contar no Mato Grosso do Sul, após o apoio declarado por Bolsonaro no último debate, deixou com cara de tacho os pesquiseiros do Ipec, ex-Ibope, que reservavam para ele o 4º lugar.

Cirinho

Candidato a presidente pela quarta vez, o pedetista Ciro Gomes não chegou a ter sequer 10% dos 13 milhões de votos que conquistou em 2018. Foi o seu pior desempenho como presidenciável.

Bem a tempo

Foi aos 45 do segundo tempo, mas a declaração de voto de Sérgio Moro em Bolsonaro ajudou mais a garantir mandato, e importantíssimo foro privilegiado, ao ex-juiz que desempenho do presidente no Paraná.

Pensando bem...

...quem perdeu mesmo foram as velhas pesquisas.

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