Cláudio Humberto
Coluna CH / 12 de abril

Câmara dos Deputados ‘ressuscita’ após a Páscoa, já o Senado…

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Foto: Jefferson Rudy

O sucesso da vacinação, a queda nos casos e mortes por covid fizeram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidir pela volta aos trabalhos 100% presenciais a partir do dia 18, em uma espécie de ressurreição após a Páscoa, ao contrário do Senado, onde o presidente roda-presa Rodrigo Pacheco (PSD-MG) segue enrolando e mantém o sistema híbrido presencial e virtual, que facilita condução das sessões.

O que importa

Apesar da volta ao trabalho presencial, o impasse sobre a distribuição de cargos após a movimentação na janela partidária persiste.

Só detalhes

Na Câmara, a decisão foi tomada na semana passada e só falta definir alguns detalhes sobre a jornada de trabalho dos servidores.

Sem iniciativa

No Senado, que se vê envolto em denúncia de fraude na coleta de assinaturas da CPI do MEC, a ordem é ver o que acontece na Câmara.

No mundo real

A volta mesmo só deve ocorrer com definição de cargos e presidências das comissões temáticas. Otimistas preveem que só após os feriados.

Compra de ‘viagra’ em ano eleitoral é tiro no pé

A justificativa do Ministério da Defesa para a compra de 35 mil unidades de “sildenafila”, a versão genérica do Viagra, medicamento que combate problemas de ereção, foi um tiro das Forças Armadas no pé do governo federal. Mesmo que tenha utilidades médicas comprovadas, como o tratamento de hipertensão pulmonar, como afirmou o ministério, gastar verba pública com remédio de conotação sexual fez a festa da oposição.

Viagrão

Virou piada nas redes sociais o “escândalo” do governo: foi chamado de “viagrão” e “azulão”, em alusão ao mensalão e o petrolão da era PT.

Lição não aprendida

Não é de hoje que despesas das Forças Armadas atraem atenção. Em 2021, compra de leite condensado ocupou manchetes por uma semana.

Não é caso único

A compra do viagra pelas Forças Armadas lembrou o caso da compra de lagostas e outros quitutes no STF, em 2019, por R$481 mil.

Poder sem Pudor

Sem voto, nem papo

Delfim Netto lutava para que o general Ernesto Geisel o nomeasse governador de São Paulo, em 1978. O ministro Petrônio Portela, articulador político do governo, chamou Delfim para uma conversa: “É decisão tomada: você não pode ser o governador de São Paulo”, informou o ministro. “Mas isto é uma violência. Tenho sete anos de serviços prestados à revolução. Não posso aceitar este veto”, argumentou Netto. “Muito mais serviços à revolução, mais do que você ou eu, prestou o Carlos Lacerda. E foi tirado de campo”, encerrou Portela.

Respeita aí, Defesa

Em vez da explicação cretina de tratamento de “hipertensão pulmonar arterial”, o Ministério da Defesa deveria suspender a compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas. Para disfarçar, na licitação usam o nome do genérico, ‘sildenafila’, que trata disfunção erétil.

Custo farra

Além da cotação do petróleo, a variação do dólar ainda os custos do afano nos governos do PT, a Petrobras inclui no preço dos combustíveis os gastos dos passeios internacionais milionários de seus chefetes.

Memórias do cárcere

O encontro do ex-presidiário com próceres de ala do MDB, ontem, em Brasília, parece mais um convescote de políticos que, se não foram alvos da Lava Jato e acabaram presos, estiveram bem próximos disso.

Sinais trocados

Após o factoide, Alckmin estufou o peito e fez declarações em que se revelou mais preocupado em detonar a pré-candidatura presidencial de João Doria (PSDB) do que elogiar o “companheiro Lula”.

Frase do dia

Não sei se essa aliança é boa para o Alckmin

Ex-presidente Michel Temer, que, vice de petista, comeu o pão que o diabo amassou

Pavimentando a estrada

Pavimentando o retorno ao Senado, Romero Jucá (MDB) participou da assinatura de ordem de serviço de rodovia de 36 quilômetros, ontem, em Roraima. Ele arrumou a verba ainda no mandato encerrado em 2018.

Quem entende, entende

Faz sucesso nas redes sociais uma imagem de uma garrafa de cachaça 51 com algemas no ‘pescoço’, ao lado de um chuchu, com o aviso: “Não misture! Isso faz um mal danado...”.

Intolerância à lactose

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) ironizou o apoio declarado pelo apresentador de TV Luciano Huck ao tucano gaúcho Eduardo Leite, que não passa dos 2% nas pesquisas eleitorais: “Agora, sim, a coisa vai...”

Sondage incroyable

Média das pesquisas eleitorais apontavam em 16 de março, na Reuters, o atual presidente francês Emmanuel Macron com 30% no primeiro turno e a candidata Marine Le Pen, com 17%. Acabou 27,8% a 23,1%.

Pensando bem...

...as Forças já não são Armadas como antigamente.

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