SP: MP abre inquérito para apurar ações na Cracolândia após morte

Promotoria dificulta ação de segurança na capital paulista

O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito nesta segunda-feira, 16, para investigar as ações da prefeitura na região da Cracolândia, no centro da capital paulista.

Na semana passada, a polícia dispersou usuários de drogas da praça Princesa Isabel e prendeu traficantes. Após a operação, os dependentes químicos se espalharam pelas ruas da região central. Um homem morreu baleado em um tumulto na noite de quinta, 12. Ele foi identificado como Raimundo Fonseca Junior, um dependente químico de 32 anos.

A polícia investiga se o tiro partiu de algum dos agentes. Os promotores avaliam que as recentes intervenções da polícia tem semelhança com episódios anteriores, em que “por meio de violência física e psíquica, impeliam os dependentes químicos a buscar tratamento.”

O inquérito vai apurar, além da ação policial, as medidas utilizadas pela prefeitura para internação dos usuários, as formas de abordagem, a possível negligência nos locais de internação e a situação dos equipamentos de saúde e assistência social. O Ministério Público também vai analisar a execução do programa Redenção, da gestão municipal, criado para realizar ações integradas de assistência para pessoas em situação de vulnerabilidade e dependentes químicos.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), informou “que três policiais civis se apresentaram voluntariamente, nesta sexta-feira (13), como autores de disparos durante ação contra o tráfico de drogas na região central de São Paulo, na noite anterior. No mesmo local um homem de 32 anos foi atingido no tórax por um projétil e morreu. O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa”.

Disse ainda que a perícia vai apurar se o tiro que causou a morte do homem saiu da arma de um destes policiais e as circunstâncias do fato.