Comitiva federal visita áreas afetadas por fortes chuvas no litoral de SP

Governo reconheceu situação de calamidade e enviou agentes da Defesa Civil à região

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje, 20, as áreas afetadas pelas fortes chuvas e desabamentos no litoral paulista, especialmente em São Sebastião, onde morreram pelo menos 36 pessoas. Uma criança morreu em Ubatuba.

Lula deixou Salvador, onde passava o feriado de Carnaval, e chegou em São José dos Campos por volta das 10h15. De lá, viajou até São Sebastião, o município mais atingido pelas chuvas, que superaram 600 milímetros em menos de oito horas.

Conforme a agenda presidencial, às 12h, em São Sebastião, Lula vai fazer uma declaração à imprensa e anúncios de ações emergenciais para a população atingida.

Pelo menos quatro ministros acompanham o presidente na visita ao litoral paulista. Entre eles, os titulares dos Transportes, Renan Filho; e da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), está ilhada em Guarujá (SP) e não conseguirá acompanhar a comitiva presidencial. Ela havia ido para o litoral, onde tem um apartamento, para passar o feriado de Carnaval. Mesmo estando próxima da região mais afetada, a ministra não conseguirá se locomover por conta dos trechos com bloqueios nas estradas.

Em mensagem divulgada ontem à noite no Twitter, Lula disse que serão reunidos todos os níveis de governo e, com a solidariedade da sociedade, atender feridos, buscar desaparecidos, restabelecer as rodovias, ligações de energia e telecomunicações na região. Ele lamentou as mortes e manifestou solidariedade às famílias.

Lula disse que conversou por telefone com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).

Segundo a Defesa Civil de São Paulo, três das quatro cidades do litoral norte de São Paulo tiveram, nas últimas 24 horas, o volume de chuva esperado para todo o mês de fevereiro. Em São Sebastião, o volume nas últimas 24 horas foi o dobro da média esperada para o mês.

As chuvas persistentes causaram bloqueio de estradas, queda de barreiras, inundações, deslizamentos, desabamentos e afetaram o abastecimento de água e energia na região.

O governo federal já anunciou o envio de agentes da Defesa Civil Nacional para ajudar na assistência das vítimas e no apoio às áreas afetadas.

Também reconheceu a situação de calamidade na cidade de São Sebastião, medida que facilita o envio de verbas e suporte federais para o local.

O ministros dos Portos e Aeroportos, Márcio França, informou, neste domingo, que vai liberar R$ 2 milhões para ações em cidade atingidas por temporais em São Paulo. Os recursos, segundo o ministro, sairão da Autoridade Portuária de Santos, a administradora do Porto de Santos, uma estatal federal.