Interpol teme que criminosos de Mossoró tentem fugir para países vizinhos

Na avaliação da Interpol a maior probabilidade é que os criminosos, caso tentem deixar o Brasil, busquem países que fazem fronteira terrestre

A Interpol trabalha com a possibilidade dos dois criminosos que fugiram do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN) tentem escapar para os países vizinhos. Nesta quinta-feira (15), a Interpol incluiu os nomes de Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, na difusão vermelha (Lista de criminosos procurados internacionalmente). 

“Em casos como esse, há sempre a possibilidade que eles [fugitivos] venham a tentar sair do país. A partir do momento que esses nomes são incluídos nessa difusão [vermelha], nós conseguimos que todos os países que compõem a organização tenham acesso imediatamente a informações”, afirmou Vandecy Urquiza, vice-presidente da Interpol para as Américas.

Na avaliação de Urquiza, a maior probabilidade é que os criminosos, caso tentem deixar o Brasil, busquem países que fazem fronteira terrestre como: Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Entre as informações compartilhadas com os 196 países estão as digitais dos dois criminosos fugitivos. Dessa forma, segundo Urquiza, existe a possibilidade que eles sejam identificados automaticamente por órgão de imigração dos países integrantes da Interpol.

“Em vários países, o banco de dados da Interpol é cruzado com os bancos de dados nacionais, dados migratórios, lista de passageiros. Isso aumenta o espectro de instrumentos disponíveis para a polícia para tentar localizar a movimentação fora do Brasil”, disse Urquiza.

Nesta quarta-feira (14), dois integrantes da facção do Comando Vermelho realizaram uma fuga inédita no presídio federal de segurança máxima de Mossoró no Rio Grande do Norte. Os fugitivos faccionados são do Acre e foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, vulgo “Tatu” ou “Deisinho”. Os criminosos estavam presos desde 27 de setembro de 2023, na unidade prisional federal potiguar, que é um dos cinco presídios de segurança máxima do Brasil.