Conselho de Segurança da ONU vai discutir ameaças de Maduro à território da Guiana

A reunião do Conselho, sob a presidência do Equador, está marcada para acontecer às 17h, no horário de Brasília e acontecerá a portas fechadas

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) irá se reunir nesta sexta-feira (08), para discutir a ameaça de invasão do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ao território de Essequibo, que pertence à Guiana. 

A reunião do Conselho, sob a presidência do Equador, está marcada para acontecer às 17h, no horário de Brasília e acontecerá a portas fechadas. 

A reunião vai ocorrer após o ditador Maduro ter divulgado o que seria o novo mapa da Venezuela, com a anexação do território de Essequibo da Guiana. A região representa 70% do território da Guiana. 

E também anunciou a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba e nomeou o major-general Alexis José Rodríguez Cabello como autoridade da área. 

Pedido de Biden ao Governo Brasileiro 

O presidente Joe Biden dos Estados Unidos, procurou interlocutores brasileiros, pedindo que o Palácio do Planalto e o Itamaraty atuem para acalmar a situação na fronteira Venezuela e Guiana, evitando que a crise saia do controle. 

A Casa Branca está de fato preocupada com a tensão na América do Sul, mas sabe que não pode e não tem condições de lidar com a crise neste momento. Para Washington, o Brasil seria um ator “adequado” para agir no sentido de evitar uma escalada militar. Nas conversas, os americanos consideram que o governo Lula estaria numa posição privilegiada para promover esse diálogo. 

A pressão envolveria duas ações simultâneas:

Com a Venezuela seria um alerta claro para Maduro de que, se ele seguir com esses planos, não haverá qualquer chance de retirada das sanções internacionais que asfixiam sua economia e que todo o avanço nas negociações com a oposição será interrompido.

Já com a Guiana o recado seria de que o fato de contar com a simpatia diplomática, militar e política dos EUA não significa que o governo local deve endurecer seu discurso ou se sentir empoderado, evitando qualquer tipo de diálogo.

A capital brasileira foi oferecida para sediar conversas entre os dois lados. Diplomatas aguardam ainda para saber de que forma as propostas foram recebidas, tanto pelo governo de Nicolás Maduro como pela Guiana.