Risco de colapso: Prefeito de Maceió e Marinha vistoriam área em alerta

O prefeito de Maceió, JHC, também afirmou que solicitou ajuda ao presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB)

O prefeito de Maceió (AL), João Henrique Caldas (PL), o JHC, e a Marinha do Brasil vistoriam a lagoa Mundaú na tarde desta sexta-feira (1). A visita acontece em meio ao risco de afundamento da mina nº 18, que colocou a cidade em estado de emergência pelos próximos 180 dias.

Segundo a Prefeitura de Maceió, o objetivo é fazer o controle da área de risco, que fica às margens da lagoa, no bairro do Mutange; além de realizar o afastamento de pessoas da região que não estejam atendendo ao alerta máximo e as orientações emitidas pela da Defesa Civil.

JHC também se reuniu com o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), para mobilizar ajuda de autoridades do governo na capital alagoana.

“O prefeito JHC me comunicou do ocorrido e das providências urgentes adotadas para evitar acidentes e vítimas. E que segue monitorando a situação em tempo real, com os órgãos competentes. Precisamos todos nós estarmos unidos nesse momento e procurar todos os meios para evitar danos maiores. Maceió e sua população sempre vem em primeiro lugar e estarei sempre ao lado deles. Como deputado federal alagoano e como presidente da Câmara, não medirei esforços para apoiar as demandas de nossa capital e de sua população”, afirmou Lira.

No ‘x’, antes conhecido como Twitter, o prefeito de Maceió também afirmou que solicitou ajuda ao presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB).

“Agradeço ao presidente em exercício @geraldoalckmin, com quem acabo de falar, pelo apoio à Maceió. Pedi a ele para que o @governofederal, em parceria com a prefeitura, ampare a população que teve que sair de suas casas. É preciso novas moradias e que a Braskem seja responsabilizada”, declarou.

Mais cedo, o presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), e Alckmin, se reuniram para discutir o apoio financeiro da União ao governo municipal de Maceió pela tragédia ocorrida.

Estamos buscando a atenção total desse país, para um assunto que mexe com a parte ambiental, social, que mexe com o psicológico. É momento de unificação, entre União, estado e município, e não retrabalhos. Não vamos fechar os olhos jamais para essa prática indiscriminada. Tema triste, porém, necessário, justamente quando estamos falando sobre COP [Conferência do Clima], sobre cuidar do meio ambiente e do clima e temos aqui uma das maiores catástrofes do mundo, devido a uma exploração mineral em área urbana. Quando se pensa no tripé da responsabilidade social, ambiental e financeira e uma delas sobressai, as demais sofrem“, disse o senador.

De acordo com o parlamentar, especialistas enviados por Alckmin já se encontram em Maceió para colaborar com as ações de emergência. A primeira ação requisitada por Rodrigo Cunha é a transferência dos habitantes que ainda residem na área tida como perigosa. A previsão é que aproximadamente 20 mil indivíduos necessitem ser realocados de maneira adequada.

Foto de Ailton Cruz, do site Gazetaweb, mostra a área afetada, sob risco de desabamento, no bairro do Mutange, à beira da lagoa.

Risco de Colapso:

A Defesa Civil de Maceió emitiu aviso de “aumento significativo na movimentação do solo na mina 18” da empresa Braskem, no Mutange, que está em alerta de colapso iminente desde a quarta-feira (29).

O mapa de risco do afundamento dos bairros, que serviu de base para Justiça Federal determinar a inclusão de área do bairro do Bom Parto no programa de realocação da Braskem, também foi produzido pela Defesa Civil.

Além de ampliar a área de realocação, o monitoramento também foi intensificado. É importante ressaltar que o aprimoramento não indica riscos imediatos à população.

“Com base em estudos técnicos apresentados pela prefeitura de Maceió, a Justiça Federal determinou que a Braskem realoque famílias do Bom Parto, atendendo uma solicitação do MPF, DPU e MPE. Parabenizo as instituições que de forma séria sem espetacularização têm feito seu papel”, disse o prefeito JHC, ao destacar o papel da municipalidade na decisão da Justiça Federal.