Lira, Pacheco e ministros criticam xingamentos de brasileiros a Moraes

Classe política e autoridades saem em defesa do ministro do STF que foi xingado e teria tido filho agredido em Roma

Autoridades da cúpula dos Poderes da República repudiaram o cerco de brasileiros que xingaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua família, na Itália. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi alvo da abordagem que teria resultado na agressão de seu filho adolescente de 14 anos, com um tapa, no Aeroporto Internacional de Roma, na sexta-feira (14).

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi além de condenar o que considera viés criminoso que da abordagem a Moraes, que teria como alvos também as instituições e a democracia. O senador ressaltou que a hostilidade contra o ministro do STF mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, também considerou inaceitável o ato hostil a Moraes, ao concluir que “democracia se faz com debate, e não com violência”.

‘Truculência extremista’

O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, também prestou solidariedade ao colega da Corte Suprema do Brasil, ao deslegitimar o que concluiu ser um ataque de “truculência violenta de extremistas” identificados pela Polícia Federal (PF) como Andreia Mantovani, seu marido Roberto Mantovani Filho, e o genro de ambos, Alex Zanatta, que responderão em liberdade por supostos “crimes contra a honra e ameaça”, contra Moraes, que teria sido xingado de “bandido, comunista e comprado”, no saguão do aeroporto italiano.

O ministro da Justiça do governo de Lula, Flávio Dino, criticou os responsáveis pelo ato hostil como sendo integrantes de uma “elite”, pelo que concluiu ser “comportamento criminoso de quem acha que pode fazer qualquer coisa por ter dinheiro no bolso”.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1680262232137932800