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Contrato de trabalho impõe absurdos aos médicos cubanos

Autoritarismo dita o tom nas diretrizes de trabalho

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Uma cópia do contrato de trabalho firmado entre os médicos de Cuba e o governo dos Castros, revelados pelo blog do Políbio Braga, mostra parte do regime ditatorial que vivem os cubanos. No Brasil, os profissionais que deixaram a ilha e aceitaram trabalhar no Mais Médicos não estão livres do controle e tem cada passo fiscalizado por seus supervisores.

Com base nos documento, as alegações da médica Ramona Matos Rodrigues, que diz ter sido enganada e desertou do programa do governo federal, fazem sentido. Questões salariais não são tratadas no contrato de trabalho, cláusulas absurdas e humilhantes em qualquer democracia são impostas aos trabalhadores.

Há nas Diretrizes para Missões no Exterior, por exemplo, normas que interferem nos relacionamentos amorosos dos médicos. O item B do Capítulo III trata sobre a proibição imposta, ?estabelecer relações amorosas com nativos se este não estiver de acordo com o pensamento revolucionário?. Até mesmo beber em lugares públicos, o que inclui bares e boates, é considerado uma atitude criminosa.

Os médicos também não podem sair depois das 18 horas sem a permissão do seu chefe imediato. Para requerer tal ?regalia? o profissional deve informar aonde irá, se irá com companheiros cubanos ou nativos. Sair da cidade é expressamente proibido. Quanto ao direito dos trabalhadores, há uma cláusula que inclui férias de 30 dias, mas ?somente em Cuba?. A infração de qualquer mandamento significa afastamento da missão e imediato retorno a Cuba e expurgo de missões futuras pelo prazo de 10 anos.

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