Eleições na Ucrânia

Boca de urna aponta vitória do ex-ministro Petro Poroshenko

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Uma pesquisa de boca de urna mostra que o ex-ministro de Relações Exteriores Petro Poroshenko deve vencer as eleições na Ucrânia em primeiro turno. O levantamento, conduzido por três respeitados institutos de pesquisa do país, apontou que o bilionário Poroshenko recebeu 55,9% dos votos.

Em segundo lugar está a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, com 12,9% dos votos. Os resultados oficiais devem ser anunciados nesta segunda-feira.

A eleição pode ser um passo crucial para dar fim à crise na Ucrânia. Autoridades do país afirmaram que mais de 40% dos eleitores registrados compareceram às urnas até às 15h do horário local – cinco horas antes de a votação ser encerrada. Mesmo assim, menos de um quarto dos locais de votação foram abertos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Rússia.

“A participação nas eleições será alta”, afirmou o presidente da Comissão Central de Eleição da Ucrânia, Mykhailo Okhendovsky. Segundo ele, o resultado será considerado legítimo independentemente das taxas de participação nas regiões separatistas. Na eleição presidencial anterior, em 2010, 67% dos eleitores foram às urnas.

Um pequeno número de eleitores da Crimeia, região de mais de dois milhões de pessoas anexada pela Rússia em março, esforçou-se para votar neste domingo. Valentina Muschinskaya, diretora de uma escola de língua russa, foi de trem até Kiev com sua irmã para exercer seu direito ao voto. “Somos patriotas ucranianas”, afirmou.

A Rússia não enviou representantes para monitorar a eleição e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou na semana passada que o país iria confiar na avaliação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês).

Já a senadora dos EUA Kelly Ayotte viajou para Kiev como parte de uma missão de monitoramento liderada pelo Instituto Republicano Nacional, baseado em Washington. Ela culpou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelos problemas nos locais de votação do leste da Ucrânia.

“Obviamente a situação da segurança em Donetsk e Luhansk está evitando que muitas pessoas votem nessas regiões”, afirmou a senadora. “Quero deixar claro que existe uma pessoa culpada por essa situação de segurança e ela é Vladimir Putin, porque ele tem controle estratégico do que está ocorrendo lá.” AE

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