Corrupção

André Vargas se desfilia para driblar sua expulsão do PT

Resistindo à renúncia, ele se desfiliou para evitar sua expulsão do partido

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Enrolado no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o deputado federal André Vargas (PR) anunciou há instantes a decisão de se desfiliar do Partido dos Trabalhadores. Ela já havia renunciado à vice-presidência da Câmara dos Deputados e relutava em renunciar ao mandato, apesar da pressão da própria direção do PT.

A desfiliação é mais uma manobra de Vargas, desta vez para evitar a abertura de processo de expulsão do PT, como ameaçava a direção do partido diante da resistência dele em renunciar ao mandato para minimizar o desgaste dos correligionários e especialmente da candidatura à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.

André Vargas era um dos parlamentares mais influentes do PT até a deflagração da operação policial que levou à prisão, entre outros, o doleiro Alberto Yousseff. Os investigadores logo encontraram provas de que Vargas utilizou um jatinho, pago por Yousseff, para viajar com a família para uma temporada de férias em João Pessoa (PB). Na sequência, foram reveladas as relações promíscuas entre o deputado e o criminoso reincidente, inclusive em negócios e lobby junto a órgãos governamentais.

Ex-secretário nacional de comunicação do PT, Vargas se responsabilizou pelo “trabalho sujo” da campanha da presidenta Dilma. A ele foi atribuída a criação de um esquema para ofender adversários e críticos do PT, nas redes sociais, durante a campanha eleitoral de 2010. Fortalecido politicamente, André Vargas influenciava até na escolha de agências de propaganda escolhidas para atender orgãos do governo, como Caixa Econômica Federal e Ministério da Saúde.

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