Sinais da catástrofe ambiental que se aproxima

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As recentes chuvas no Rio Grande do Sul, a seca no norte do Brasil e a iniciativa dos seis jovens portugueses processando, no Tribunal da Comunidade Europeia, 27 Estados por omissão na proteção ambiental, me levaram a escrever este artigo.  Muitos especialistas escreveram sobre as mudanças climáticas tentando alertar os povos e poucos deram atenção aos avisos. A ONU alerta, há anos, para a catástrofe ambiental que se aproxima. O mundo inteiro está exposto aos desastres climáticos, que as televisões mostram a toda hora.

Aqui no Brasil antigos e atuais parlamentares e quase todos os membros do Poder Executivo, os do passado ainda vivos e os atuais, deveriam ser indiciados, por Crimes contra a Humanidade, que são imprescritíveis, pela não tomada de efetivas decisões e por não votarem leis capazes de enfrentar o desastre climático, que já se anunciava desde 1970. Não fizeram nada apesar dos avisos: – são criminosos irresponsáveis.

O planeta continua a ser devastado, o Brasil em particular. Pessoas começam a morrer, propriedades e áreas públicas estão sendo destruídas e ninguém é punido por irresponsabilidade para com o bem público, como o é o meio ambiente. Seria um exemplo para os atuais parlamentares, que estão aí bestificados com a tragédia ambiental, sem saber o que fazer.

A Humanidade corre o risco de desaparecer no médio prazo e muitos idiotas dizem que quem tenta alertar para a gravidade dos males ambientais, que crescem e se manifestam a cada instante, como sendo pessoas alarmistas exageradas. É preciso punir essas autoridades e esses parlamentares por Crimes contra a Humanidade pelo o que deixaram de fazer durante os seus mandatos. Medidas já deviam ter sido tomadas há muitas décadas contra o desmatamento, o aquecimento da atmosfera e a poluição dos mares e rios.

Aonde estão as vozes de protesto e de alerta das Universidades e dos intelectuais? O silencio da maioria, amedrontada, em nada contribui para conter o desastre ambiental global. As pessoas estão começando a ficar apavoradas, sem saber o que fazer.

Assim procedendo vamos todos nós abraçar o risco de extinção.

Eurico de Andrade Neves Borba, 83 anos, foi professor da PUC RIO e Presidente do IBGE, é membro do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, mora em Ana Rech, Caxias do Sul, eanbrs@uol.com.br

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