Para minimizar crise

Desligamento voluntário dos Correios tem adesão de 4,9 mil empregados

Previsão da estatal era de que o número chegasse a 7,3 mil funcionários

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A Federação alega quem tem sido prejudicada (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Plano de Desligamento Voluntário (PDV) dos Correios já teve a adesão de 4.881 empregados, desde maio deste ano. A previsão da estatal era de que esse número chegasse a 7,3 mil funcionários.

O PDV prioriza funcionários com mais idade, maior tempo de serviço e maior tempo de aposentadoria. Dos que aderiram ao plano de desligamento, 95% são atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo.

Os funcionários que aderiram ao desligamento recebem, além das verbas rescisórias, um incentivo financeiro entre R$ 25 mil e R$ 350 mil. Esse funcionário, no entanto, não tem direito a multa rescisória de 40% do saldo do FGTS nem ao seguro-desemprego.

O PDV é uma das medidas dos Correios para minimizar a crise financeira que atinge a estatal. Em um ano, entre 2015 e 2016, o prejuízo foi de R$ 4 bilhões. Além do plano de desligamento, agências vem sendo fechadas em todo o país e os custos com o plano de saúde dos funcionários também foi reduzido.

Nos Correios, única empresa que entrega carta e encomendas em todas as cidades brasileiras, as encomendas são responsáveis por 55% da receita total da estatal. Até concorrentes no segmento, em algum momento, utilizam o serviço dos Correios.

O governo já sinalizou que a intenção é privatizar a estatal. No mês passado, Juarez Cunha foi demitido do cargo de presidente dos Correios após se declarar a favor da manutenção dos Correios como empresa pública. Bolsonaro ainda afirmou que Cunha agia como um “sindicalista”. O general da reserva do Exército Floriano Peixoto assumiu o comando da estatal.

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