O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa entregou 28 políticos envolvidos no escândalo na estatal durante cerca de 80 depoimentos em âmbito de delação premiada na Operação Lava Jato, ocorridos entre agosto e setembro, segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”. A lista de políticos envolvidos no esquema inclui um ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, um governador e ex-governadores. Na relação constam nomes de parlamentares da base aliada do governo e da oposição. Na lista dos partidos estão PT, PMDB, PSB, PSDB e PP.

Veja abaixo a lista de Paulo Roberto Costa:

PT

Antonio Palocci – ex-ministro dos governos Lula e Dilma

Gleisi Hoffmann – senadora (PR) e ex-ministra da Casa Civil

Humberto Costa – senador (PE) e líder do PT na Casa

Lindbergh Farias – senador (RJ)

Tião Viana – governador reeleito do Acre

Delcídio Amaral – senador (MS)

Cândido Vaccarezza – deputado federal (SP)

Vander Loubet – deputado federal (MS)

PMDB

Renan Calheiros – presidente do Senado (AL)

Edison Lobão – ministro de Minas e Energia

Henrique Eduardo Alves – presidente da Câmara (RN)

Sérgio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro

Roseana Sarney – ex-governadora do Maranhão

Valdir Raupp – senador (RO) e 1º vice-presidente do partido

Romero Jucá – senador (RR)

Alexandre José dos Santos – deputado federal (RJ)

PSB

Eduardo Campos – governador de Pernambuco de 2007 a 2014 (morto em 2014)

PSDB

Sérgio Guerra – presidente nacional do PSDB de 2007 a 2013 (morto em 2014)

PP

Ciro Nogueira – senador (PI)

João Pizzolatti – deputado federal (SC)

Nelson Meurer – deputado federal (PR)

Simão Sessim – deputado federal (RJ)

José Otávio Germano – deputado federal (RS)

Benedito de Lira – senador (AL)

Mário Negromonte – ex-ministro de Cidades

Luiz Fernando Faria – deputado federal (MG)

Pedro Corrêa – ex-deputado federal (PE)

Aline Lemos de Oliveira – deputada federal (SP)

Apenas os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Benedito de Lira (PP-AL) e os deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Simão Sessim (PP-RJ) não quiseram se pronunciar. Os demais afirmam que não é verdade.

Iniciada em março deste ano, a Operação Lava Jato investiga o esquema de lavagem e desvios de dinheiro em contratos assinados entre empreiteiras e a Petrobras, que somam R$ 59 bilhões, considerando o período de 2003 a 2014.

Segundo as investigações, parte desses contratos se destinava a “esquentar” o dinheiro que irrigava o caixa de políticos e campanhas no país.

Na sétima fase da operação, a Polícia Federal prendeu 23 executivos, entre eles presidentes de empreiteiras e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT.