'Veja': Carvalho tentou abafar caso Rose

A Secretaria-Geral da Presidência da República questionou sindicância aberta pelo governo federal para apurar denúncias por corrupção passiva e tráfico de influências contra a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha.

Segundo reportagem publicada esta semana pela revista ?Veja?, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, teria autorizado a Coordenação-Geral de Correição (Coreg) a instaurar um processo de investigação paralelo ao da Casa Civil. Em documento, a Coreg argumentou que a competência de investigar a funcionária era da Secretaria-Geral, e não da Casa Civil, e apontou supostas incoerências na redação da portaria que autorizou a abertura da sindicância.

Ele também cobrou o direito de Rosemary Noronha ao contraditório. As ressalvas não foram levadas em conta pelo Planalto, que deu prosseguimento à sindicância da Casa Civil. O coordenador-geral da Coreg, Torbi Rech, foi o mesmo que, em 2010, presidiu a sindicância que livrou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra de acusações de tráfico de influência.