Torcedor banido por briga em Brasília vai a jogo do Corinthians

Banido dos estádios após briga em Brasília, corintiano está de volta

Menos de dois meses depois de brigar com vascaínos no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, Leandro Silva de Oliveira está de volta aos estádios. Conhecido como Soldado, o torcedor do Corinthians, que esteve preso na Bolívia, acusado de participação na morte do jovem Kevin Espada – e foi solto por falta de provas -, assistiu à queda do Alvinegro na Copa do Brasil, diante do Grêmio, quarta-feira, em Porto Alegre, desrespeitando resolução que o proíbe de entrar nos estádios até o dia 27 de novembro.

Oliveira estava na arquibancada da Arena do Grêmio com uma camisa da Gaviões da Fiel, organizada da qual ele é associado e foi suspenso após se envolver na briga com os vascaínos. Próximos a Oliveira estão Wagner da Costa e Rodrigo de Azevedo Fonseca, presidente e vice da facção, respectivamente.

Em 27 de agosto, dois dias depois da briga no Mané Garrincha, a Federação Paulista de Futebol (FPF)) baixou uma resolução proibindo a entrada do torcedor nos estádios paulistas por 90 dias. O ofício foi encaminhado para as outras 26 federações estaduais com a orientação de que Oliveira também fosse obrigado a cumprir a punição fora de São Paulo. Assim, o torcedor estaria vetado em todos os estádios do Brasil.

“Mandamos essa resolução para todas as federações e cada uma tem um procedimento próprio para colocá-la em prática. Não temos como saber se elas vão conseguir ou não impedir a entrada do torcedor nos estádios”, disse o coronel Marcos Marinho, diretor do Departamento de Segurança e Prevenção da FPF.

Luiz Fernando Costa, diretor jurídico da Federação Gaúcha de Futebol, defende-se alegando que repassa à Brigada Militar e ao Ministério Público resoluções proibindo a entrada de torcedores e que cabe a esses dois órgãos fiscalizar o ingresso nos estádios do Rio Grande do Sul. “Não tenho como fazer o controle de quem assiste aos jogos, por isso o procedimento é encaminhar a questão à Brigada Militar e ao MP”, explicou Costa.

O delegado Marco Antônio de Almeida, do 5.º DP de Brasília e responsável pela investigação da briga no Mané Garrincha, anunciou em agosto que iria indiciar Oliveira. Por ter infringido o artigo 41 do Estatuto do Torcedor, Oliveira poderia ficar até três anos proibido de entrar nos estádios do País. Procurado na quinta-feira, o delegado disse que não concederia entrevista. A diretoria da Gaviões da Fiel também não se pronunciou sobre a presença de Oliveira na Arena do Grêmio vestindo camisa da facção. Com informações da AE.